quarta-feira, 2 de setembro de 2009

TRABALHADORES BARRICADOS!


Os 43 trabalhadores do Bingo do Brasília estão barricados na sala desde anteontem, segunda-feira, dia em que foi encerrada pela Sociedade Nortenha de Bingos. Dizem que não foram despedidos e que o fecho da sala foi ilegal.

Os funcionários do Bingo do Brasília, no Porto, estão barricados naquela sala, desde anteontem à noite, altura em que o espaço foi encerrado pela Sociedade Nortenha de Bingos, empresa responsável pela exploração.

Apesar do encerramento já ter sido ameaçado há algumas semanas, o futuro dos 43 trabalhadores continua incerto."Nós não fomos despedidos, não há carta para o fundo de desemprego. Alguém tem que nos dar uma solução", refere Paula Gonçalves, funcionária daquele espaço há 10 anos.

Francisco Figueiredo, do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte, afirmou ao JN que "a Sociedade Nortenha de Gestão de Bingos fechou à revelia do Estado e do Código do Trabalho". Isto porque a Secretaria de Estado do Turismo não emitiu o despacho que autoriza o encerramento.
Além disso, o sindicalista acrescenta que a mesma entidade tinha garantido que "não autorizava o encerramento enquanto o problema dos trabalhadores não fosse resolvido".

Da parte das empresas envolvidas na concessão da sala de jogos ainda não houve uma resposta. "A Varzim Sol [que detinha a concessão] diz que não tem responsabilidades, porque a concessão terminou em Dezembro.

A Sociedade Nortenha, por sua vez, diz que paga os parciais - subsídios de férias e Natal - mas também não quer assumir as indemnizações", explica José Nunes Rodrigo, funcionário há 23 anos. "Ontem à noite o director da Sociedade Nortenha, Fernando Vilaça, chegou e informou-nos do encerramento. Fomos todos apanhados de surpresa pois tinham-nos dito que não ia fechar. Até já tinhamos as escalas feitas para Setembro", acrescenta o também delegado sindical.

A Varzim Sol, em comunicado, afirma que desde que cessou a concessão em Dezembro de 2008, "é alheia às questões decorrentes do encerramento", nomeadamente no que "se refere à salvaguarda dos dos direitos dos trabalhadores". (notícia do dia)

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