Este é um blog para comunicar com todos os que se preocupam com a promoção da segurança e saúde no trabalho, sindicalismo e relações de trabalho em Portugal , na Europa e no Mundo.
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
O 31 DE JANEIRO DE 1891!
A 31 de Janeiro de 1891 militares e revolucionários republicanos da cidade do Porto organizaram a primeira revolta republicana numa primeira tentativa a sério para derrubar a monarquia portuguesa e implantar a República tão desejada pelas camadas mais conscientes daquela altura!
Portugal, e em particular o exército, tinha sido humilhado com o ultimato inglês que tratava o nosso País e as colónias como se fossem sua propriedade!Tal facto, revelador de como aquela potencia nos tratava,funcionou como rastilho para que se desse a revolta e a República chegou mesmo a ser declarada das varandas da Câmara Municipal.
Lisboa e o resto do país não acompanharam a cidade do Porto e assim a revolta morreu sob as armas da Guarda Municipal.No entanto esta acção foi o grande sinal do que viria a acontecer mais tarde a 5 de Outubro de 1910!
domingo, 30 de janeiro de 2011
OS TRABALHADORES CATÓLICOS EM PORTUGAL
Decorreu hoje, em Lisboa, a abertura das comemorações dos 75 anos da criação dos movimentos operários católicos em Portugal concretamente da Liga Operária Católica.Para além de uma conferencia proferida pelo socialista e Presidente do Tribunal de Contas Guilherme Oliveira Martins sobre Abel Varzim ,o sacerdote católico que criou aquela organização,tiveram lugar dois painéis sobre a longa história deste movimento de trabalhadores.
História que tem recentemente sido mais investigada pelos historiadores e outros cientistas sociais.Nas mesas estiveram alguns actores que fizeram a história deste movimento de trabalhadores católicos como Fernando Abreu antigo dirigente nacional e hoje Presidente da BASE-FUT, Natividade Cardoso também ex-dirigente nacional da LOC e o Padre Jardim Gonçalves que foi Assistente Nacional daquele Movimento e hoje é director de imprensa do Cardeal Patriarca de Lisboa, bem como Emídio Martins, também ex-dirigente nacional e que foi igualmente dirigente nacional da CGTP e José Maria Costa, igualmente Presidente da LOC Nacional e hoje um activo militante social numa das maiores IPSS do norte de Portugal!
Todos eles foram decisivos e viveram tempos verdadeiramente históricos em particular a ditadura ,a Revolução de Abril e a democracia.Transformaram os movimentos de carácter espiritualista em movimentos de trabalhadores e ao serviço destes ,sem abdicarem da sua fé!Descobriram que muito poderiam aprender com os outros trabalhadores, mesmo com os que nada tinham a ver com a fé católica.
O sindicalismo católico enquanto tal nunca vingou em Portugal , primeiro porque a ditadura não deixou e depois, já com a democracia, porque os principais autores entenderam, e bem ,que os trabalhadores cristãos deveriam estar onde estão os outros trabalhadores.
É asssim que os militantes sindicais católicos já na ditadura e depois de Abril estiveram na Intersindical e depois na CGTP e, mais tarde, alguns passaram a estar na UGT por opção ou porque os seus sindicatos optaram e criaram esta última como foi o caso dos bancários e seguros.
De todos os modos foram os movimentos JOC, LOC e mais tarde, depois de Abril, também a BASE-FUT que animaram e formaram a maioria destes militantes .
A Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos vai continuar o seu destino com novos desafios como dizia a sua actual Presidente Fátima Almeida, uma activa militante do norte de Portugal e que há alguns anos deixou a sua fábrica para trabalhar a tempo inteiro nesta Organização.E os novos desafios são, nas palavras desta mulher de fortes convicções, humanizar o trabalho e combater as injustiças! Mais informação
História que tem recentemente sido mais investigada pelos historiadores e outros cientistas sociais.Nas mesas estiveram alguns actores que fizeram a história deste movimento de trabalhadores católicos como Fernando Abreu antigo dirigente nacional e hoje Presidente da BASE-FUT, Natividade Cardoso também ex-dirigente nacional da LOC e o Padre Jardim Gonçalves que foi Assistente Nacional daquele Movimento e hoje é director de imprensa do Cardeal Patriarca de Lisboa, bem como Emídio Martins, também ex-dirigente nacional e que foi igualmente dirigente nacional da CGTP e José Maria Costa, igualmente Presidente da LOC Nacional e hoje um activo militante social numa das maiores IPSS do norte de Portugal!
Todos eles foram decisivos e viveram tempos verdadeiramente históricos em particular a ditadura ,a Revolução de Abril e a democracia.Transformaram os movimentos de carácter espiritualista em movimentos de trabalhadores e ao serviço destes ,sem abdicarem da sua fé!Descobriram que muito poderiam aprender com os outros trabalhadores, mesmo com os que nada tinham a ver com a fé católica.
O sindicalismo católico enquanto tal nunca vingou em Portugal , primeiro porque a ditadura não deixou e depois, já com a democracia, porque os principais autores entenderam, e bem ,que os trabalhadores cristãos deveriam estar onde estão os outros trabalhadores.
É asssim que os militantes sindicais católicos já na ditadura e depois de Abril estiveram na Intersindical e depois na CGTP e, mais tarde, alguns passaram a estar na UGT por opção ou porque os seus sindicatos optaram e criaram esta última como foi o caso dos bancários e seguros.
De todos os modos foram os movimentos JOC, LOC e mais tarde, depois de Abril, também a BASE-FUT que animaram e formaram a maioria destes militantes .
A Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos vai continuar o seu destino com novos desafios como dizia a sua actual Presidente Fátima Almeida, uma activa militante do norte de Portugal e que há alguns anos deixou a sua fábrica para trabalhar a tempo inteiro nesta Organização.E os novos desafios são, nas palavras desta mulher de fortes convicções, humanizar o trabalho e combater as injustiças! Mais informação
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
PARA A HISTÓRIA DO MOVIMENTO OPERÁRIO!
A CGTP lançou ontem em Lisboa o Livro intitulado «Contributos para a História do Movimento Operário e Sindical-das raízes até 1977» da autoria de vários sindicalistas fundadores da Intersindical, ainda no tempo da ditadura, e da CGTP que lhe suicedeu a seguir na Revolução de 1974/75.
O livro é um precioso contributo para nos mostrar quanto foi importante o Movimento Operário e Sindical no processo revolucionario português e na formatura da democracia económica e social plasmada na actual Constituição da República!
Um dos aspectos mais interessantes, para além da precisosa informação contida, é , sem dúvida, a forma como os autores abordam os acontecimentos dos quais eles mesmos foram actores.
A forma respeitosa e fraternal como fazem hoje a leitura dos acontecimentos, pese as divergencias políticas e sindicais, buscando sempre a unidade dos trabalhadores portugueses! Ranita, Cartaxo, Canais Rocha, Kalidás, Emídio , Cabrita (autores)e tantos outros que se seguiram e trabalharam para defenderem os interesses dos trabalhadores portugueses.
O livro vai estar na próxima semana nas livrarias.
O livro é um precioso contributo para nos mostrar quanto foi importante o Movimento Operário e Sindical no processo revolucionario português e na formatura da democracia económica e social plasmada na actual Constituição da República!
Um dos aspectos mais interessantes, para além da precisosa informação contida, é , sem dúvida, a forma como os autores abordam os acontecimentos dos quais eles mesmos foram actores.
A forma respeitosa e fraternal como fazem hoje a leitura dos acontecimentos, pese as divergencias políticas e sindicais, buscando sempre a unidade dos trabalhadores portugueses! Ranita, Cartaxo, Canais Rocha, Kalidás, Emídio , Cabrita (autores)e tantos outros que se seguiram e trabalharam para defenderem os interesses dos trabalhadores portugueses.
O livro vai estar na próxima semana nas livrarias.
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
POBREZA AFECTA TRABALHADORES PORTUGUESES!
Estudo do Ministerio do Trabalho afirma que o risco de pobreza dos trabalhadores portugueses é de 12% e é 2/3 do risco de pobreza total, enquanto na Europa é de 8% e metade do risco de pobreza total, o que revela baixos salários para fazer face a situações de pobreza.
A distribuição de rendimentos em Portugal - diz o mesmo estudo-é das mais desiguais da Europa, apesar de se verificar uma diminuição entre 1995 e 2008.
As desigualdades salariais têm- se atenuado em Portugal desde 2005 diz ainda o dito estudo!
Entretanto na Concertação Social trabalha-se para novas medidas legislativas que empobreçam mais os trabalhadores como a diminuição das indemnizações por despedimento e fazendo pagar uma taxa para pagar o próprio despedimento!
Tudo em nome do realismo de Helena André que diz que é melhor fazer alguma coisa do que estar parado!Há coisas que mais valia estar parado do que caminhar para o abismo!A história dirá , embora os que vão sofrer na pele as medidas não comam livros de História!
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
SUBSTANCIAS PSICOACTIVAS NO TRABALHO-Documento orientador!
«Os indivíduos passam cerca de um terço da vida adulta no local de trabalho.
O facto de permanecer no local de trabalho sob a influencia de substancias psicoactivas (álcool e drogas) depende da conjugação de múltiplos factores, alguns dos quais ligados a carcaterísticas individuais e hábitos de vida e outros de natureza profissional relacionados, por exemplo, com a tipologia do trabalho, ritmos e cadencias, trabalho por turnos, stress, entre outros»
Este bocado de prosa pode ler-se no Preambulo do documento de trabalho «Segurança e Saúde do trabalho e a Prevenção do consumo de substancias psicoactivas-Linhas orientadoras para intervenção em meio laboral» da autoria do Instituto da Droga e da Autoridade para as Condições do Trabalho.
Um documento bem elaborado com uma filosofia prevencionista de promoção da saúde laboral numa abordagem recomendada pelao OIT e OMS.Todavia, um documento teórico,pouco ilustrado e muito extenso.
Para umas linhas orientadoras teria que ser muito mais prático e de rápida leitura pelos animadores da prevenção nas empresas-técnicos e sindicalistas ou representantes dos trabalhadores para a SST.Como ainda é um documento de trabalho vamos esperar que a sua última versão acabe melhor!Ver documento na integra.
O facto de permanecer no local de trabalho sob a influencia de substancias psicoactivas (álcool e drogas) depende da conjugação de múltiplos factores, alguns dos quais ligados a carcaterísticas individuais e hábitos de vida e outros de natureza profissional relacionados, por exemplo, com a tipologia do trabalho, ritmos e cadencias, trabalho por turnos, stress, entre outros»
Este bocado de prosa pode ler-se no Preambulo do documento de trabalho «Segurança e Saúde do trabalho e a Prevenção do consumo de substancias psicoactivas-Linhas orientadoras para intervenção em meio laboral» da autoria do Instituto da Droga e da Autoridade para as Condições do Trabalho.
Um documento bem elaborado com uma filosofia prevencionista de promoção da saúde laboral numa abordagem recomendada pelao OIT e OMS.Todavia, um documento teórico,pouco ilustrado e muito extenso.
Para umas linhas orientadoras teria que ser muito mais prático e de rápida leitura pelos animadores da prevenção nas empresas-técnicos e sindicalistas ou representantes dos trabalhadores para a SST.Como ainda é um documento de trabalho vamos esperar que a sua última versão acabe melhor!Ver documento na integra.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
STRESS LABORAL-O grande desafio!
O stress laboral é um dos maiores desafios para a saúde e segurança dos trabalhadores europeus.
Quase um cada quatro trabalhadores é afectado pelo stress, havendo estudos que o apontam como responsável por 50% dos dias de trabalho perdidos.Os custos humanos e económicos são imensos.
O mais incrível é que algumas técnicas de gestão moderna apostam na pressão e no medo do despedimento ou do insucesso, gerando, entre outros feníomenos psicológicos, uma dinamica terrível de stress.Os suicídios recentes em empresas emblemáticas em França como a Renault e a France Telecom estão ligados a estas técnicas e ao stress.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
ATENÇÃO ÀS CARGAS...AI MINHAS COSTAS!
Nos sectores agricolas,construção armazenagem, trasnportes e até em nossa casa, a movimentação de cargas é causa de muitos acidentes graves e lesões incapacitantes.
Para evitar os custos humanos e económicos é importante adoptar posturas de trabalho adequadas.Não é tão difícil como se possa pensar.Ver texto
Para evitar os custos humanos e económicos é importante adoptar posturas de trabalho adequadas.Não é tão difícil como se possa pensar.Ver texto
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
O 18 DE JANEIRO DE 1934!
Hoje já existem alguns estudos sobre a greve geral de 18 de Janeiro de 1934, cujo carácter de insurreição se manifestou a 17, 18 e 19 daquele mês nos diferentes locais do País que por essa altura tinham alguma organização operária com destaque para Lisboa, Porto, Margem Sul , Setúbal, Marinha Grande, Silves e Portimão .
Nessa altura a ditadura estava a ganhar raízes e já tinha feito uma razia no Movimento Operário com deportações várias para as colónias e ilhas atlânticas.Para destruir a Ditadura que se manifestava especialmente brutal com as organizações operárias da época estas tentaram um último combate de desespero-uma greve geral que arrastasse outras camadas da população e os militares!
Porém, o vírus da divisão sindical já estava há anos no seio dos trabalhadores com uma luta fratricida entre a corrente comunista emergente e a corrente anarco-sindicalista decadente.A primeira ainda beneficiava da esperança que a Revolução Russa tinha lançado no operariado, apesar da forte crítica anarquista à evolução do poder soviético e, a segunda, continuava a pensar no poder milagroso da greve geral.Uma classe operária enfraquecida e reinando a desconfiança entre os dirigentes sindicais a bufaria e a polícia política fizeram o resto para o malogro da acção revolucionária!
Na Marinha Grande, onde a insurreição teve êxito,mal se sabia que a greve geral estava tropedeada e que estava a ser um fracasso em toda a linha.Todavia, as organizações operárias locais, em especial os vidreiros cumpriram o seu programa e estabeleceram uma organização operária (soviete) durante algum tempo.
Mas os trabalhadores continuaram a lutar noutros locais, nomeadamente na margem sul e em Silves sendo derrotados apenas pelo exército.
Mais tarde nas histórias simplistas do movimento operário apenas se dá relevo aos trabalhadores da Marinha Grande com o objectivo de fazer passar a ideia de que onde as lutas foram dirigidas pelos anarquistas não houve sucesso, mas que, onde foram dirigidas por militantes do recém criado Partido Comunista, aí sim chegou-se ao poder operário!Nada mais falso até porque a maioria dos dirigentes sindicais do partido ainda perfilhavam a ideologia anarquista e não marxista ou um misto das duas!
Nessa altura a ditadura estava a ganhar raízes e já tinha feito uma razia no Movimento Operário com deportações várias para as colónias e ilhas atlânticas.Para destruir a Ditadura que se manifestava especialmente brutal com as organizações operárias da época estas tentaram um último combate de desespero-uma greve geral que arrastasse outras camadas da população e os militares!
Porém, o vírus da divisão sindical já estava há anos no seio dos trabalhadores com uma luta fratricida entre a corrente comunista emergente e a corrente anarco-sindicalista decadente.A primeira ainda beneficiava da esperança que a Revolução Russa tinha lançado no operariado, apesar da forte crítica anarquista à evolução do poder soviético e, a segunda, continuava a pensar no poder milagroso da greve geral.Uma classe operária enfraquecida e reinando a desconfiança entre os dirigentes sindicais a bufaria e a polícia política fizeram o resto para o malogro da acção revolucionária!
Na Marinha Grande, onde a insurreição teve êxito,mal se sabia que a greve geral estava tropedeada e que estava a ser um fracasso em toda a linha.Todavia, as organizações operárias locais, em especial os vidreiros cumpriram o seu programa e estabeleceram uma organização operária (soviete) durante algum tempo.
Mas os trabalhadores continuaram a lutar noutros locais, nomeadamente na margem sul e em Silves sendo derrotados apenas pelo exército.
Mais tarde nas histórias simplistas do movimento operário apenas se dá relevo aos trabalhadores da Marinha Grande com o objectivo de fazer passar a ideia de que onde as lutas foram dirigidas pelos anarquistas não houve sucesso, mas que, onde foram dirigidas por militantes do recém criado Partido Comunista, aí sim chegou-se ao poder operário!Nada mais falso até porque a maioria dos dirigentes sindicais do partido ainda perfilhavam a ideologia anarquista e não marxista ou um misto das duas!
SITUAÇÃO DOENÇAS PROFISSIONAIS PIORA!
A CGTP acaba de enviar uma exposição aos deputados da AR sobre a situação do Centro Nacional de Protecção contra os Riscos Profissionais que desde que foi integrado no Instituto de Segurança Social ainda piorou a situação no que respeita ao tratamento dos processos de doenças profissionais.
A instrução do processo da participação obrigatória e o respectivo envio para a área clínica demora um ano e meio a dois-diz a Central sindical!
Quem está a sofrer com esta situação são os trabalhadores que de algum modo têm qualquer doença relacionada com o trabalho!Ver
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO E SAÚDE MENTAL!
Investigadoras das Universidades de Bahia e São Paulo, Brasil ,analisam neste ensaio de que forma a saúde mental é prejudicada pelas actuais contradições entre modernização e precariedade do trabalho.
Estudam as relações entre trabalho e doenças na sociedade moderna, as suas dimensões sociais e políticas!Ver estudo
Estudam as relações entre trabalho e doenças na sociedade moderna, as suas dimensões sociais e políticas!Ver estudo
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
OITO EM DEZ FRANCESES TRABALHAM COM GOSTO!
Oito em dez franceses vão com gosto ao trabalho segundo uma sondagem recente.Apesar da crise económica e do desemprego bem como da mediatização do sofrimento no trabalho a satisfação parece estável naquele País europeu.
Os mais satisfeitos são os quadros e as profissões intelectuais (92%) e os menos satisfeitos são os operários (73%) e ,até alguns operários ,nada satisfeitos(26%).Ver
Todavia, 10% dos trabalhadores franceses têm necessidade de uma droga para enfrentar o seu trabalho.Ver
Segundo o primeiro barómetro do «bem estar no trabalho» os franceses, embora maioritariamente satisfeitos com o seu trabalho consideram que a sua situação no trabalho se degradou nos últimos seis meses!Ver
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
PRECARIEDADE EM PORTUGAL!
A socióloga Ana Maria Duarte escreve um excelente artigo no le Monde Diplomatique sobre as caras da precariedade no trabalho.Para a autora é necessário desmiticar a noção idealizada de flexibilidade.Os trabalhadores, esses sabem bem como é a flexibilidade na pratica!Ver
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
DEMASIADOS RISCOS NA HOTELARIA E RESTAURAÇÃO
Como se pode verificar pelas estatísticas do GEP/Ministério do Trabalho no sector de alojamento e restauração os acidentes têm aumentado neste milénio!
É um sector sob uma forte pressão nos dias que correm, com muita precariedade e pouca formação, embora já tenhamos escolas de formação turística e hoteleira.Existem formas de prevenir os riscos profissionais como se pode ver por um texto muito simples.Ver.
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
ACIDENTES DE TRABALHO: O novo milénio pouco muda a situação!
Através de dados fornecidos pelo Gabinete de Planeamento e Estratégia do Ministério do Trabalho constata-se que a situação relativa aos acidentes de trabalho em Portugal não tem sofrido alteraçõess assinaláveis, inclusive na construção .
Estes dados contrariam em parte a ideia de que tem havido uma grande diminuição.A diminuição é mais significativa nos acidentes de trabalho mortais em alguns sectores.
Continuamos com estatísticas muito limitadas e nunca mais se avança com o Inquérito Nacional às Condições de Trabalho, um instrumento absolutamente imprescindível para se actuar na prevenção com novas capacidades estratégicas!
Assim na análise dos dados de 200-2007 constatamos o seguinte:
Nº de Acidentes:
No ano 2000-234.192 acidentes
No ano 2007-237.409 acidentes
Acidentes mortais:
No ano 2000-368
No ano 2007-276
Indústrias transformadoras continuam á frente seguidas da construção.
Assim:
Indústrias transformadoras
No ano 2000-86.183 acidentes
No ano 2007-77,423 acidentes
Registou-se uma ligeira diminuição.
Construção
No ano 2000-51.561 acidentes
No ano 2007-47.322 acidentes
Regista -se uma ligeira diminuição, particularmente a partir de 2003.
No sector do alojamento e restauração constata-se ligeira subida:
No ano 2000-8.545 acidentes
No ano 2007-11.882 acidentes
Na indústria transformadora existe uma importante descida dos acidentes mortais:
No ano 2000- 78 acidentes
No ano 2007-49
Já na construção:
No ano 2000-102 acidentes
No ano 2003-113 acidentes
No ano 2007-103 acidentes
No alojamento e restauração os acidentes mortais diminuem:
No ano 2000- 9 acidentes
No ano 2003-4 acidentes
No ano 2007-2 acidentes
Outras notas:
Os acidentes de trabalho mortais com jovens menores de 18 anos diminuem acentuadamente.Não sabemos porquê.Talvez porque não entram no trabalho.
Trabalhadores entre os 18 e 24 anos também tiveram diminuição de acidentes.
Os operários, artífices e similares são de longe a s profissões que sofrem maior número de acidentes com uma ligeira descida ao longo destes sete anos seguidos pelos trabalhadores não qualificados e operadores de instalações e equipamentos.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
MEMÓRIAS DO SÉCULO XX: Os vagões-fantasma!
«Após a morte de Sidónio Pais e da tentativa de restauração monárquica de Monsanto, a UON (União Operária Nacional) retomou a sua antiga pujança.
A 23 de Fevereiro de 1919 publica-se o 1º número do diário A Batalha, com Alexandre Vieira como director, acumulando este trabalhoso cargo com o de secretário-geral da UON.
A 19 de Junho de 1919 publica-se outro diário, da tarde, Avante! sob direcção de Carlos José de Sousa, jornal que suspende a sua publicação logo em 7 de Agosto, em virtude dos prejuízos causados pelas violentas perseguições governamentais.
Essas violências estenderam-se igualmente à Batalha cuja sede é encerrada assim como a da U.O.N. por motivo da greve de solidariedade do operariado para com os grevistas da Companhia União Fabril-violências que por sua vez determinaram um segundo movimento de solidariedade para com a Batalha por parte dos gráficos dos jornais diários burgueses, os quais, espontaneamente proclamaram a greve geral.
Em Olhão com uma greve de marítimos produzem-se algumas mortes e feridos pela força armada.Em Lisboa são presos, em massa, nas sedes de alguns organismos mais de 200 operários incluindo redacção, administração e tipógrafos de A Batalha....
A estas juntam-se a repressão da CP quanto ao seu pessoal.Em 1919, na greve do pessoal desta companhia, verdadeiro feudo monopolizador, foi exercida a sabotagem no mais alto grau, que era remediada por engenheiros da CP.Nem assim, contudo, conseguiram normalizar o serviço.E foi então que o governo de Sá Cardoso permitiu que à frente de cada locomotiva dos comboios fosse atrelado um jota descoberto e obrigado a ir dentro do mesmo alguns grevistas-vagão-fantasma, destinado a obstar à sabotagem nas linhas do percurso dos poucos comboios pilotados por gente recrutada nos meios aristocráticos e reaccionários.
Assim tem sido compreendidos pelos nossos republicanos os princípios da democracia-essa coisa que dizem ser o governo do povo pelo povo.»
Manuel Joaquim de Sousa in O Sindicalismo em Portugal,Afrontamento, Setembro de 1974
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
FRANÇA: acordo sobre assédio e violência no trabalho!
«O respeito pela dignidade das pessoas a todos os níveis é um princípio fundamental que não se pode transgredir inclusive no local de trabalho»
É assim que começa o Acordo sobre assédio e violência no trabalho subscrito recentemente pelos patrões e sindicatos franceses.Nesse documento estão definidos os princípios e mecanismos para identificar e prevenir o assédio e violência no trabalho que podem destruir as pessoas.
O Acordo define logo no artigo primeiro que o grande objectivo é melhorar a sensibilização e a comprensão do problema e a tomada de posição dos patrões e trabalhadores face ao assédio e violência no trabalho. Ver Acordo en francês.
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
CRISE É DEVASTADORA PARA TRABALHADORES!
Recente Relatório da OIT sobre salários confirma que a crise económica está a ser devastadora para os trabalhadores de todo o mundo!
Efectivamente o desemprego aumentou para mais de 200 milhões, o maior nível alguma vez registado.
Este relatório revela ainda que o crescimento global dos salários médios reais foi reduzido para metade em 2008 e 2009 em comparação com anos anteriores.
No futuro uma estratégia de crescimento de emprego e baseada nos rendimentos é urgente e necessária para que a economia mundial volte ao seu caminho....diz a OIT!
Cerca de 330 milhões de trabalhadores estão agora com salários mais baixos nos seus países!
Será que estas tendencias serão mesmo reversíveis?Ver relatório
sábado, 1 de janeiro de 2011
VOTO MANUEL ALEGRE PARA PRESIDENTE!
Hoje a Dilma tomou posse como Presidente do Brasil!A primeira Presidenta do Brasil.A esquerda brasileira conseguiu , num contexto extremamente difícil,delinear um projecto político de poder. Um projecto de poder que,não superando o capitalismo,deu mais poder aos trabalhadores e mais comida a quem não a tinha!Não apenas mais comida,mas também mais dignidade!
Em Portugal teremos em breve também eleições para um Presidente da República.Apesar do pouco entusiasmo reinante o grande embate é sem dúvida Manuel Alegre-Cavaco Silva.A grande diferença entre eles para alem da história pessoal de cada um é, de facto, a concepção de Estado e o papel dos trabalhadores nas sociedades democráticas!
Cavaco quando fala em Estado social vê o Estado assistêncialista das misericórdias, o amparo dos pobrezinhos, para que os ricos vivam de consciência tranquila.Para ele os actores essenciais na economia são os empresários!Os trabalhadores não são actores, são factores de produção!
Para Alegre o Estado é o Estado de ética republicana e social democrata, da escola pública e serviço nacional de saúde gratuitos e com cidadãos participantes na vida política, onde os trabalhadores são parceiros imprescindíveis da vida económica social e política!
Poderemos, claro está, dizer que o actual capitalismo já não está disponível para alinhar neste projecto.Então mais uma razão para a esquerda ultrapassar a caça ao voto e pensar numa estratégia de poder conjunto que dê esperança ao povo de esquerda e no qual a eleição de Alegre seria uma peça fundamental!
Continuar, após guerra fria, numa política fratricida e clubista é votar à não esperança as lutas dos trabalhadores portugueses e europeus!
A vitória de Alegre é essencial para a esquerda.Todavia, não basta pôr Alegre na Presidencia.O poder apenas tem sentido quanndo é um meio e não um fim!Por isso eu voto Manuel Alegre!
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