A Autoeuropa tornou-se notícia nas últimas semanas.O motivo principal foi a convocação de uma greve, algo absolutamente normal em qualquer empresa, mas um feito inédito nesta empresa.
Até à convocação da greve os trabalhadores por larga maioria recusaram um acordo negociado entre a administração e a Comissão de trabalhadores que, entre outras matérias, iria alterar os horários no que respeita aos turnos e aos sábados.A recusa do acordo pelos trabalhadores, a proposta de greve em cima da mesa e a entrada em cena de forma mais evidente dos sindicatos afetos à CGTP lançaram algumas contradições no seio dos trabalhadores com destaque para a Comissão de Trabalhadores que se demitiu.
A partir deste momento o governo e alguns setores políticos, bem como a comunicação social começaram a preocupar-se particularmente dando uma dimensão política excessiva ao conflito.As razões são várias: pelo peso nas exportações da Autoeuropa, cerca de 3%, pelo tipo de diálogo existente na empresa sob a batuta da administração e da Comissão de Trabalhadores e pelo protagonismo assumido pelos sindicatos da CGTP.
A imprensa e os vários comentadores baratos que enxameiam as nossas televisões começaram a dizer todo
o tipo de barbaridades.Faltou-se inclusive ao respeito aos milhares de trabalhadores da Autoeuropa ao afirmarem que estes estavam a ser manipulados por forças políticas, em concreto pelo PCP.Chegou-se a afirmar que os sindicatos da CGTP tomaram de assalto a empresa, ignorando que estas organizações têm filiados na empresa ,formam uma comissão sindical e participam, inclusive, na Comissão de trabalhadores.
Assim, vamos por partes para clarificarmos a situação na medida do possível.
Antes de mais nada há que considerar que a Autoeuropa pretende fazer um novo modelo de automóvel de forma o mais rentável possível.Para isso, e na linha da política económica dominante, em que o trabalho é um fator de produção ajustável, faz uma uma proposta de acordo laboral de intensificação do trabalho e de trabalho obrigatório ao sábado sem compensação significativa.
Seguindo a tradicional cultura alemã a empresa pretende negociar o acordo apenas com a comissão de trabalhadores, marginalizando os sindicatos que, como sabemos, têm em Portugal o poder da negociação coletiva.
No historial da empresa não podemos ignorar óbviamente o conflito entre a comissão de trabalhadores coordenada por António Chora e os sindicatos.Historial que inclui o facto de que este sindicalista, agora do BE, foi em tempos do PCP e nunca foi aceite como dirigente da CGTP como representante de uma corrente sindical.Ao reformar-se Chora abriu,talvez, as portas a um novo capítulo nas relações laborais na empresa.É a concorrência sindical que também existe noutras empresas entre sindicalistas de várias correntes e onde os sindicalistas comunistas dominam.Este é o sindicalismo português concreto e não aquele que alguns desejam forjado nos gabinetes de advogados!
Ao rejeitarem o acordo de empresa e consequente demissão da comissão de trabalhadores o campo ficou aberto para a liderança sindical que ao avançar para uma greve de 24 horas queria obrigar a administração da empresa a virar as agulhas da negociação para o seu lado.Sensuravel em termos sindicais?Não!Talvez apenas o facto da marcação prematura de uma greve!Todavia, volto a lembrar que a empresa, e já o reafirmou,apenas pretende dar o protagonismo à comissão de trabalhadores a ser eleita em outubro.Esta estratégia não é apenas da Autoeuropa.Há muita gente ligada ao mundo dos negócios que prefere as negociações com as comissões de trabalhadores porque é mais fácil chegar a um acordo favorável aos interesses da empresa.Há quem queira inclusive legislar neste sentido (troika), reforçando os poderes das comissões de trabalhadores e esvaziando os sindicatos da sua função fundamental de negociação coletiva.
Em conclusão os trabalhadores da Autoeuropa estão num processo de luta para obterem um melhor acordo para o futuro.Foi visível nas entrevistas televisivas em direto que todos os trabalhadores desejam um acordo com a empresa.São pessoas informadas e competentes e aderiram em massa a esta estratégia.Mas amanha,se a liderança sindical não der confiança, mudam as agulhas.
Com a eleição de uma nova comissão de trabalhadores a administração da empresa quererá negociar novamente com esta entidade em exclusivo, ou talvez não.Esperamos que os representantes dos trabalhadores, quer sindicais, quer da comissão de trabalhadores, coloquem os interesses dos trabalhadores em primeiro lugar.Se assim acontecer os operários e operárias da Autoeuropa vão ter um bom acordo no sentido das compensações económicas e da salvaguarda de alguns direitos fundamentais como são o descanso e a vida familiar!Valores que são quase ignorados em nome da competitividade, das exportações e de um modelo de automóvel!Quando se fala em trabalho digno não é uma mera abstração.Teremos que o ver no dia a dia, na vida concreta das empresas.É ou não é?
Este é um blog para comunicar com todos os que se preocupam com a promoção da segurança e saúde no trabalho, sindicalismo e relações de trabalho em Portugal , na Europa e no Mundo.
quinta-feira, 31 de agosto de 2017
quarta-feira, 30 de agosto de 2017
UMA APOSTA SINDICAL NA SAÚDE DOS TRABALHADORES!
A FIEQUIMETAL-Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmaceuticas é uma das organizações sindicais portuguesas que, ao longo dos anos, mais tem investido na informação e formação em segurança e saúde no trabalho.
Neste capítulo é relevante no panorama português o conjunto de publicações, em particular de brochuras, sobre segurança e saúde dos trabalhadores que esta Federação tem editado.Em geral são publicações com qualidade técnica e pedagógica.Estas publicações abordam riscos químicos, ergonómicos e outros, bem como os direitos e funções dos representantes dos trabalhadores, o assédio moral no trabalho, o ambiente de trabalho e a medicina do trabalho.VER
Neste capítulo é relevante no panorama português o conjunto de publicações, em particular de brochuras, sobre segurança e saúde dos trabalhadores que esta Federação tem editado.Em geral são publicações com qualidade técnica e pedagógica.Estas publicações abordam riscos químicos, ergonómicos e outros, bem como os direitos e funções dos representantes dos trabalhadores, o assédio moral no trabalho, o ambiente de trabalho e a medicina do trabalho.VER
segunda-feira, 28 de agosto de 2017
RATIFICADA CONVENÇÃO SOBRE SEGURANÇA E SAÚDE!
Por
Decreto do Presidente da República n.º 78/2017, de 24 de agosto, foi
ratificada a Convenção n.º 187 da Organização Internacional do Trabalho
(OIT) sobre o Quadro Promocional para a Segurança e a Saúde no Trabalho.
A Convenção
n.º 187 da OIT, adotada pela Conferência Geral desta organização, na
sua 95.ª Sessão, realizada em Genebra, a 15 de junho de 2006, agora ratificada, foi aprovada pela Resolução da Assembleia da República n.º 215/2017, em 19 de julho de 2017. —Segundo a referida Convenção Internacional cada Membro(Estado) deverá tomar medidas ativas de modo a assegurar progressivamente um ambiente de trabalho seguro e saudável através de um sistema nacional e de programas nacionais de segurança e de saúde no trabalho,tendo em conta os princípios enunciados nos instrumentos da Organização Internacional do Trabalho (OIT) pertinentes para o quadro promocional para a segurança e a saúde no trabalho.VER
sábado, 19 de agosto de 2017
HORÁRIOS DE TRABALHO: há que pôr cobro à desregulação!
O tempo de trabalho e a sua regulação tem sido ao longo dos tempos uma das matérias reivindicativas mais importantes do movimento operário e sindical e um dos motivos de conflito agudo entre o capital e o trabalho.Basta lembrar a evolução que houve até chegarmos às oito horas por dia, os avanços e retrocessos legislativos e sociais e a permanente insatisfação do patronato nesta matéria pois é neste espaço que se podem obter lucros importantes e de algum modo se mede o valor do trabalho e a sua exploração.
As mais recentes alterações à legislação laboral em Portugal, nomeadamente com o Código do Trabalho em 2003 e 2009 tiveram a questão do tempo de trabalho na mira bem como as alterações legislativas ao Código da dupla Passos /Troika.O objetivo tem sido sempre o mesmo:flexibilizar o tempo de trabalho através de vários mecanismos, nomeadamente os «bancos de horas», enfim, adaptar o homem/família à empresa e seus interesses, submeter a vida social e familiar do trabalhador à produção, aos momentos altos da mesma em nome da competitividade e do sucesso nas vendas e nos ganhos.Quase ninguém questiona esta lógica com medo que as empresas encerrem e façam despedimentos ou se desloquem para outro país.É a chantagem da competitividade capitalista!
A desregulação dos horários é de tal ordem em Portugal que vemos trabalhadores que pouco dormem e quase não têm descanso, em especial em algumas épocas do ano.Todos nós temos encontrado pessoas que trabalham 10,12 e 14 horas ou mais porque o patrão não quer contratar mais trabalhadores.O problema é quando estas situações se tornam normais quando deveriam ser esporádicas e com as horas a mais devidamente pagas!
Mas esta nossa experiência é confirmada com os relatórios da Autoridade para as Condições do Trabalho, a nossa inspeção do trabalho.As advertências e infrações autuadas no domínio por exemplo, dos horários/duração e organização do tempo de trabalho é a que apresenta o maior número de casos, estando no topo de todas as matérias.Nas suas visitas em 2015 os inspetores do trabalho fizeram mais de 3000 advertências e 1800 infrações autuadas num total de mais de dois milhões de euros de coimas.Mas depois existem centenas de advertências e infrações em «elementos obrigatórios do mapa de horário de trabalho» no de «afixação do mapa de horário de trabalho» e no de «registo de tempos de trabalho».Enfim, o relatório é claro e mostra que não existe apenas alguma ignorância da parte do pequeno patronato mas existe fundamentalmente uma prepotência descarada neste domínio tão importante para a vida das pessoas!!
Em muitas empresas vive-se uma absoluta desregulação dos tempos de trabalho.Só falta dizer ao trabalhador ou trabalhadora para não deixar nunca o trabalho.A situação é pior nas empresas onde não existe organização sindical e onde não existem trabalhadores informados dos seus direitos.A situação atingiu os seus limites nos tempo negros da Troika em que o desemprego foi enorme e os trabalhadores estavam mais vulneráveis.Hoje esta situação tem que ser travada nomeadamente numa necessária revisão da legislação e a luta política na concertação social e sindical!A lógica da competitividade tem limites.Os limites são o descanso, vida social e familiar e a saúde de quem trabalha!
As mais recentes alterações à legislação laboral em Portugal, nomeadamente com o Código do Trabalho em 2003 e 2009 tiveram a questão do tempo de trabalho na mira bem como as alterações legislativas ao Código da dupla Passos /Troika.O objetivo tem sido sempre o mesmo:flexibilizar o tempo de trabalho através de vários mecanismos, nomeadamente os «bancos de horas», enfim, adaptar o homem/família à empresa e seus interesses, submeter a vida social e familiar do trabalhador à produção, aos momentos altos da mesma em nome da competitividade e do sucesso nas vendas e nos ganhos.Quase ninguém questiona esta lógica com medo que as empresas encerrem e façam despedimentos ou se desloquem para outro país.É a chantagem da competitividade capitalista!
A desregulação dos horários é de tal ordem em Portugal que vemos trabalhadores que pouco dormem e quase não têm descanso, em especial em algumas épocas do ano.Todos nós temos encontrado pessoas que trabalham 10,12 e 14 horas ou mais porque o patrão não quer contratar mais trabalhadores.O problema é quando estas situações se tornam normais quando deveriam ser esporádicas e com as horas a mais devidamente pagas!
Mas esta nossa experiência é confirmada com os relatórios da Autoridade para as Condições do Trabalho, a nossa inspeção do trabalho.As advertências e infrações autuadas no domínio por exemplo, dos horários/duração e organização do tempo de trabalho é a que apresenta o maior número de casos, estando no topo de todas as matérias.Nas suas visitas em 2015 os inspetores do trabalho fizeram mais de 3000 advertências e 1800 infrações autuadas num total de mais de dois milhões de euros de coimas.Mas depois existem centenas de advertências e infrações em «elementos obrigatórios do mapa de horário de trabalho» no de «afixação do mapa de horário de trabalho» e no de «registo de tempos de trabalho».Enfim, o relatório é claro e mostra que não existe apenas alguma ignorância da parte do pequeno patronato mas existe fundamentalmente uma prepotência descarada neste domínio tão importante para a vida das pessoas!!
Em muitas empresas vive-se uma absoluta desregulação dos tempos de trabalho.Só falta dizer ao trabalhador ou trabalhadora para não deixar nunca o trabalho.A situação é pior nas empresas onde não existe organização sindical e onde não existem trabalhadores informados dos seus direitos.A situação atingiu os seus limites nos tempo negros da Troika em que o desemprego foi enorme e os trabalhadores estavam mais vulneráveis.Hoje esta situação tem que ser travada nomeadamente numa necessária revisão da legislação e a luta política na concertação social e sindical!A lógica da competitividade tem limites.Os limites são o descanso, vida social e familiar e a saúde de quem trabalha!
quinta-feira, 17 de agosto de 2017
REFORÇADA LEGISLAÇÃO CONTRA ASSÉDIO MORAL!
No dia 16 de agosto foi publicada a Lei n.º 73/2017 que reforça a legislação de combate ao assédio no local de trabalho, procedendo à décima segunda alteração ao Código do
Trabalho,aprovado em anexo à Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro, à sexta
alteração à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, aprovada em
anexo à Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, e à quinta alteração ao Código
de Processo do Trabalho, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 480/99, de 9 de
novembro.
Para apoiar a elaboração desta Lei foi criada em Julho de 2016 a Plataforma Contra o Bullying no Trabalho onde tiveram um papel de destaque vários cidadãos e organizações.Esta Plataforma foi ouvida pelos diversos grupos parlamentares de esquerda e apresentou um parecer à Comissão Parlamentar do Trabalho e Segurança Social.LEI
PROTEÇÃO DOS TRABALHADORES CONTRA RISCOS ELETROMAGNÉTICOS
A Lei nº64/2017 lei estabelece as prescrições mínimas em matéria de proteção
dos trabalhadores contra os
riscos para a segurança e a saúde a que estão ou possam vir a estar sujeitos devido à exposição a campos eletromagnéticos durante o trabalho e transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva 2013/35/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de junho de 2013, relativa às prescrições mínimas de segurança e saúde em matéria de exposição dos trabalhadores aos riscos devidos aos agentes físicos (campos eletromagnéticos).
A lei é aplicável em todas as atividades dos setores privado, cooperativo e social, da Administração Pública central, regional e local, dos institutos públicos e das demais pessoas coletivas de direito público, ainda que exercidas por trabalhadores por conta própria.AQUI
riscos para a segurança e a saúde a que estão ou possam vir a estar sujeitos devido à exposição a campos eletromagnéticos durante o trabalho e transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva 2013/35/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de junho de 2013, relativa às prescrições mínimas de segurança e saúde em matéria de exposição dos trabalhadores aos riscos devidos aos agentes físicos (campos eletromagnéticos).
A lei é aplicável em todas as atividades dos setores privado, cooperativo e social, da Administração Pública central, regional e local, dos institutos públicos e das demais pessoas coletivas de direito público, ainda que exercidas por trabalhadores por conta própria.AQUI
segunda-feira, 14 de agosto de 2017
AS CARAS DAS MULTINACIONAIS!
As grandes empresas multinacionais têm diferentes caras ou estratégias tendo em conta o país ou continente onde estão implantadas.Na Europa estas empresas têm claramente duas caras: uma se existem organizações de trabalhadores atuantes e outra se não existem as ditas organizações.No caso de existirem organizações de trabalhadores privilegiam claramente as comissões de trabalhadores ou organizações equivalentes e até estimulam em alguns casos os comités de empresa europeus.A negociação a fazer, em geral um acordo de empresa, é com representantes dos trabalhadores da própria empresa que no fundo também dependem da mesma e aí ganham o seu salário.Os negociadores da administração estão sempre em vantagem.
Não existindo organizações de trabalhadores a política laboral é quase a «la carte» pois a direção de recursos humanos aplica a lei geral do trabalho com leituras por vezes distorcidas dos seus juristas bem pagos.Nestes casos quase nunca existem reclamações, nomeadamente em casos de despedimentos arbitrários.Os aumentos salariais ou não existem ou substituem-se por prémios instituídos por regulamentos que ninguém contestou a seu tempo.Temos empresas multinacionais que não fazem aumentos há nove e mais anos!Aproveitaram a dita crise,a troika e a falta de organizações de trabalhadores para arrecadarem lucros, fazerem concentração de meios e subcontratação com a concomitante redução de pessoal!Os bons gestores foram e são aqueles que melhores planos de redução de pessoal apresentaram ou de substituição de pessoal mais velho, em geral mais caro e permanente por pessoal mais novo, mais precário e mais barato!!
Fora da Europa as empresas multinacionais têm em geral apenas uma cara.Impedir, por vezes de forma violenta, que a organização sindical nasça nas suas empresas.Ter trabalhadores baratos é um dos grandes objetivos da deslocazlização.A organização sindical se for autónoma e reivindicativa vai necessariamente encarecer o trabalho e dar força a quem trabalha.
Claro que existem multinacioanais com uma cara um pouco diferente que é o caso das empresas de origem alemã.Estas, em geral, procuram a estratégia da integração no sistema das organizações de trabalhadores através de mecanismos mais ou menos perfeitos de cogestão.São elas que ditam as regras do jogo e cedem aquilo e o quanto entenderem...As organizações de trabalhadores ora vão ao jogo ora não vão.Também devem ter a sua estratégia, claro!
Todas estas empresas, porém, gastam rios de dinheiro na imagem ,ou seja, em lavarem a cara!Sabem de sobra que os consumidores/produtores têm uma grande força.
Não existindo organizações de trabalhadores a política laboral é quase a «la carte» pois a direção de recursos humanos aplica a lei geral do trabalho com leituras por vezes distorcidas dos seus juristas bem pagos.Nestes casos quase nunca existem reclamações, nomeadamente em casos de despedimentos arbitrários.Os aumentos salariais ou não existem ou substituem-se por prémios instituídos por regulamentos que ninguém contestou a seu tempo.Temos empresas multinacionais que não fazem aumentos há nove e mais anos!Aproveitaram a dita crise,a troika e a falta de organizações de trabalhadores para arrecadarem lucros, fazerem concentração de meios e subcontratação com a concomitante redução de pessoal!Os bons gestores foram e são aqueles que melhores planos de redução de pessoal apresentaram ou de substituição de pessoal mais velho, em geral mais caro e permanente por pessoal mais novo, mais precário e mais barato!!
Fora da Europa as empresas multinacionais têm em geral apenas uma cara.Impedir, por vezes de forma violenta, que a organização sindical nasça nas suas empresas.Ter trabalhadores baratos é um dos grandes objetivos da deslocazlização.A organização sindical se for autónoma e reivindicativa vai necessariamente encarecer o trabalho e dar força a quem trabalha.
Claro que existem multinacioanais com uma cara um pouco diferente que é o caso das empresas de origem alemã.Estas, em geral, procuram a estratégia da integração no sistema das organizações de trabalhadores através de mecanismos mais ou menos perfeitos de cogestão.São elas que ditam as regras do jogo e cedem aquilo e o quanto entenderem...As organizações de trabalhadores ora vão ao jogo ora não vão.Também devem ter a sua estratégia, claro!
Todas estas empresas, porém, gastam rios de dinheiro na imagem ,ou seja, em lavarem a cara!Sabem de sobra que os consumidores/produtores têm uma grande força.
quinta-feira, 10 de agosto de 2017
ESGOTAMENTO PROFISSIONAL-uma maldição do sistema?
Cada vez há mais gente a dizer que a sua vida é um inferno!Frequentemente o trabalho profissional está no centro desse «inferno»!Muitas dessas pessoas estão com o síndroma de «bernout»ou de esgotamento profissional.
Algumas profissões são particularmente propícias à existência de bournout ,tais como as forças de segurança,pessoal da saúde, educação e alguns quadros.No entanto surgem novas profissões onde o bernout se instalou dadas as caraterísticas organizacionais do trabalho como é o caso dos call centers.
Quais os principais sinais deste processo que pode levar à depressão, ao «fundo do poço»?A literatura sobre este tema aponta alguns como a falta de energia para cumprir as suas tarefas, problemas de concentração e de disponibilidade mental no trabalho,facilidade em ficar irritado,desvalorização das suas próprias competências e de não investimento profissional.
Convém , no entanto tomar nota que segundo os estudiosos o «bernout» não é uma nova categoria de doença psiquiátrica mas antes uma espiral perigosa susceptível de conduzir à doença-depressão.É mais definido como um sindroma-síndroma de esgotamento profissional que reagrupa um conjunto de sinais clínicos.
Não se deve, porém confundir o «bernout» com a dependência do trabalho o chamado«workholismo» que leva a trabalhar de forma compulsiva sem qualquer distanciamento do trabalho.Estas pessoas podem, no entanto,acabar com um esgotamento.
Existem factores de risco que podem proporcionar ou conduzir ao esgotamento.Podemos considerar aqui alguns com destaque para a sobregarga de trabalho, pressão temporal e fraco controlo sobre o seu trabalho.Podemos apontar ainda outras como as fracas recompensas a falta de equidade, solicitações contraditórias e falta de clareza nos objetivos.
Podemos também apontar algumas causas que estão na base do esgotamento profissional:Destacamos as exisgências do trabalho, em particular a intensidade e os horários; as exigências emocionais como as relações exigentes com o público e violência verbal;a falta de autonomia e margem de manobra; as relaçoes de trabalho como o clima laboral, a existência ou não de organizações de trabalhadores, a eventual existência de assédio ou stresse crónico,precariedade, idade e género.
Para além das medidas que cada pessoa pode tomar no sentido de ter uma vida saudável importa aqui abordar as medidas coletivas que devem ser tomadas pelas empresas.Destacamos a necessidade de informar e formar os trabalhadores sobre a existência de riscos psicossociais e organizar uma avaliação dos mesmos riscos.Vigiar a carga de trabalho de cada um e das equipas;garantir apoio social sólido aos trabalhadores da empresa;dar margem de manobra no trabalho e definir objetivos realistas; assegurar o justo reconhecimento do trabalho de cada um; combater a precariedade.
Alguns estudiosos destas temáticas defendem uma pretensa neutralidade social e política não referindo as causas mais profundas destas doenças e dos riscos que lhe estão subjacentes.As causas mais profundas estão estreitamente ligadas à evolução do capitalismo mundial que exige uma intensa exploração do trabalho e de algumas categorias profissionais em especial!A desconsideração, humilhação e coisificação do trabalhador está no âmago da gestão capitalista moderna!Daí que seja muito importante estas temáticas terem também uma abordagem sindical!
Algumas profissões são particularmente propícias à existência de bournout ,tais como as forças de segurança,pessoal da saúde, educação e alguns quadros.No entanto surgem novas profissões onde o bernout se instalou dadas as caraterísticas organizacionais do trabalho como é o caso dos call centers.
Quais os principais sinais deste processo que pode levar à depressão, ao «fundo do poço»?A literatura sobre este tema aponta alguns como a falta de energia para cumprir as suas tarefas, problemas de concentração e de disponibilidade mental no trabalho,facilidade em ficar irritado,desvalorização das suas próprias competências e de não investimento profissional.
Convém , no entanto tomar nota que segundo os estudiosos o «bernout» não é uma nova categoria de doença psiquiátrica mas antes uma espiral perigosa susceptível de conduzir à doença-depressão.É mais definido como um sindroma-síndroma de esgotamento profissional que reagrupa um conjunto de sinais clínicos.
Não se deve, porém confundir o «bernout» com a dependência do trabalho o chamado«workholismo» que leva a trabalhar de forma compulsiva sem qualquer distanciamento do trabalho.Estas pessoas podem, no entanto,acabar com um esgotamento.
Existem factores de risco que podem proporcionar ou conduzir ao esgotamento.Podemos considerar aqui alguns com destaque para a sobregarga de trabalho, pressão temporal e fraco controlo sobre o seu trabalho.Podemos apontar ainda outras como as fracas recompensas a falta de equidade, solicitações contraditórias e falta de clareza nos objetivos.
Podemos também apontar algumas causas que estão na base do esgotamento profissional:Destacamos as exisgências do trabalho, em particular a intensidade e os horários; as exigências emocionais como as relações exigentes com o público e violência verbal;a falta de autonomia e margem de manobra; as relaçoes de trabalho como o clima laboral, a existência ou não de organizações de trabalhadores, a eventual existência de assédio ou stresse crónico,precariedade, idade e género.
Para além das medidas que cada pessoa pode tomar no sentido de ter uma vida saudável importa aqui abordar as medidas coletivas que devem ser tomadas pelas empresas.Destacamos a necessidade de informar e formar os trabalhadores sobre a existência de riscos psicossociais e organizar uma avaliação dos mesmos riscos.Vigiar a carga de trabalho de cada um e das equipas;garantir apoio social sólido aos trabalhadores da empresa;dar margem de manobra no trabalho e definir objetivos realistas; assegurar o justo reconhecimento do trabalho de cada um; combater a precariedade.
Alguns estudiosos destas temáticas defendem uma pretensa neutralidade social e política não referindo as causas mais profundas destas doenças e dos riscos que lhe estão subjacentes.As causas mais profundas estão estreitamente ligadas à evolução do capitalismo mundial que exige uma intensa exploração do trabalho e de algumas categorias profissionais em especial!A desconsideração, humilhação e coisificação do trabalhador está no âmago da gestão capitalista moderna!Daí que seja muito importante estas temáticas terem também uma abordagem sindical!
terça-feira, 8 de agosto de 2017
A REVOLTA DAS ÁGUAS DA LOMBADA -MADEIRA!
A 21 de agosto de 1962 depois de três meses de resistência e luta pelo direito à água de rega os populares que guardavam a circulação da água na Levada do Moinho foram atacados por forte carga policial no Cabo da Levada.Resultado: a morte a tiro de uma jovem estudante de 17 anos, Sãozinha, vários feridos e dezenas de homens e mulheres levados para as cadeias da PIDE, a polícia política salazarista.
Os camponeses apenas pretendiam garantir o direito às águas de rega, direito esse inscrito nos títulos de propriedade dos terrenos que cultivavam, adquiridos ao Estado português e pagos com sacrifícios extremos ao longo de mais de duas décadas.O mesmo Estado quis negar um direito que havia reconhecido e o povo revoltou-se.
A 6 de maio de 1962 perante a insistência das autoridades em interromper o fluxo de água na sua Levada do Moinho, a população reunida neste largo, decidiu manter guarda no Cabo da Levada.Aí se manteve até 21 de agosto, data que ficou conhecida como revolta das águas da Lombada, uma das revoltas populares contra a ditadura salazarista.
O povo continuou a usar a sua água na sua levada.Pouco depois da Revolução de 25 de abril de 1974 a
água foi formalmente entregue ao povo.(Texto da lápide comemorativa da Revolta no largo da Lombada junto à Igreja).
Os camponeses apenas pretendiam garantir o direito às águas de rega, direito esse inscrito nos títulos de propriedade dos terrenos que cultivavam, adquiridos ao Estado português e pagos com sacrifícios extremos ao longo de mais de duas décadas.O mesmo Estado quis negar um direito que havia reconhecido e o povo revoltou-se.
A 6 de maio de 1962 perante a insistência das autoridades em interromper o fluxo de água na sua Levada do Moinho, a população reunida neste largo, decidiu manter guarda no Cabo da Levada.Aí se manteve até 21 de agosto, data que ficou conhecida como revolta das águas da Lombada, uma das revoltas populares contra a ditadura salazarista.
O povo continuou a usar a sua água na sua levada.Pouco depois da Revolução de 25 de abril de 1974 a
água foi formalmente entregue ao povo.(Texto da lápide comemorativa da Revolta no largo da Lombada junto à Igreja).
sábado, 5 de agosto de 2017
ESTUDO SOBRE OS ACIDENTES DE TRABALHO EM PORTUGAL
No
passado dia 28 de julho de 2017, o Subinspetor-Geral da ACT António J.
Robalo dos Santos
concluiu a sua tese de Doutoramento na Faculdade de Economia da Universidade do Algarve. O tema da sua dissertação foi "Work-related accidents in Portugal; Contributions to the improvement of prevention effectiveness" (Sinistralidade laboral em Portugal: Contributos para a melhoria da eficácia da sua prevenção).
concluiu a sua tese de Doutoramento na Faculdade de Economia da Universidade do Algarve. O tema da sua dissertação foi "Work-related accidents in Portugal; Contributions to the improvement of prevention effectiveness" (Sinistralidade laboral em Portugal: Contributos para a melhoria da eficácia da sua prevenção).
O tema escolhido visa dar um contributo para a melhoria da eficácia na prevenção dos acidentes de trabalho, de molde a promover uma melhor compatibilização entre, por um lado, o direito e a necessidade de trabalhar e, por outro, o direito e a obrigação de preservar e promover a vida, a saúde, a integridade física e o bem-estar dos trabalhadores.
Na presente dissertação, foram propostos 3 caminhos inter-relacionados entendidos como susceptíveis de contribuir para a melhoria da eficácia da prevenção dos acidentes de trabalho em Portugal e em torno dos quais a presente dissertação foi estruturada:
- melhoria da eficácia da prevenção dos acidentes de trabalho mortais;
- melhoria da eficácia do sistema mandatório português de gestão da segurança e saúde no trabalho na prevenção dos acidentes de trabalho em Portugal; e
- melhoria da eficácia da ACT na prevenção dos acidentes de trabalho em Portugal.(notícia retirada da página da ACT) VER
Com efeito, e de uma força de trabalho global de cerca de 2,84 biliões de pessoas, estima-se que cerca de 2,4 milhões morram anualmente devido a acidentes de trabalho (entre cerca de 350 e 360 mil mortes em cerca de 270 milhões de acidentes de trabalho) e a doenças profissionais (cerca de 2 milhões de mortes) (Hämäläinen, Leena Saarela, &Takala, 2009; J. Takala et al., 2014; Jukka Takala,2005).(retirado da introdução)
quinta-feira, 3 de agosto de 2017
OS INCÊNDIOS,OS PARTIDOS E O PODER
A tragédia de Pedrógão Grande vai marcar certamente esta legislatura e está a condicionar a governação, a oposição e os diferentes poderes em Portugal.Antes de mais um reparo:O movimento sindical deveria ser mais interventivo no que respeita ao que ocorreu ao nível das empresas afetadas e os respetivos trabalhadores.Não tenho informação credível sobre a sua situação, nomeadamente se já estão a receber o subsídio de desesemprego!Sei que alguns já encontraram novas empresas que os recrutaram em colaboração com o IEFP.Mas sempre irão perder alguma coisa com este acontecimento.Vão recomeçar uma nova vida profissional.O assunto também diz respeito ao movimento sindical.
A segunda observação vai para a forma como as diferentes forças políticas se posicionaram perante esta tragédia anunciada e que poderá anunciar outras, se continuarmos a olhar para alguns problemas e fazermos de conta que não os vemos.
Efetivamente existiu um imoral aproveitamento político dos incêndios e da Tragédia ocorrida por parte dos partidos da oposição em particular do PSD.A urgência em usar este acontecimento para o desgaste da «geringonça» foi tão forte que o líder até usou uma informação que se mostrou ser falsa mais tarde para daí tirar dividendos políticos.A questão das listas de mortos foi algo de surreal e própria de quem já está em delírio político!A continuada utilização deste tipo de «armas» pelos partidos políticos mostra até que ponto chegou a erosão ética dos mesmos nas democracias liberais.Falando claro, os partidos políticos, uns mais do que outros e dependendo se estão na oposição ou no poder,não têm escrupulos em utilizar qualquer arma para desgastar o adversário e alcançar o poder.No seu partidarismo cego não se dão conta que a maioria dos cidadãos já não têm «pachorra» para aturar as suas caturrices em geral desenvolvidas no palco lisboeta.Estes acontecimentos e a gestão dos mesmos pelos diferentes poderes políticos servem para agravar e aprofundar o perigoso divórcio entre os representantes e os representados que, em geral, apenas representam 50% de cada.Não nos admiremos com o que se passa em vários países da Europa , nomeadamente com uma forte ascensão da extrema direita!Com o que se passa na França e em Iátlia com a forte decomposição de alguns partidos políticos , com a corrupção da Justiça e de alguns governantes!
Sentimos porém que é importante uma maior indignação e participação dos cidadãos não apenas nas ruas, na contestação mas também na renovação dos partidos e na criação de novas formas de organização social e política e .Organizações que não reproduzam a partidarite e o sectarismo em que se afundam os atuais partidos.
A expriencia tem mostrado que mais tarde ou mais cedo os novos partidos que surgem são muito semelhantes aos que já existiam.Entram no sistema de representação profissional com deputados, assessores, gabinetes e mordomias dadas pelo Estado.Forma-se uma classe política que também se reproduz através dos betinhos das jotas.Uma classe que tem dinâmica própria e interesses próprios para além dos que representa ou pensa representar.O tempo que vivemos tem esta dupla condição: a erosão dos velhos sistemas políticos e a emergência de novas formas de representação social e política!
A corrupção que lavra em quase todos os sistemas políticos democráticos é a consequência do cinismo político e do oportunismo que se desenvolve nas direções partidárias,Onde falham os ideais e as causas abunda a apetência pelo dinheiro, as alianças com o capital financeiro.Mas isto não é a política no sentido nobre!É a consequência do profissionalismo da política e da cativação da mesma pelos grandes interesses!
A segunda observação vai para a forma como as diferentes forças políticas se posicionaram perante esta tragédia anunciada e que poderá anunciar outras, se continuarmos a olhar para alguns problemas e fazermos de conta que não os vemos.
Efetivamente existiu um imoral aproveitamento político dos incêndios e da Tragédia ocorrida por parte dos partidos da oposição em particular do PSD.A urgência em usar este acontecimento para o desgaste da «geringonça» foi tão forte que o líder até usou uma informação que se mostrou ser falsa mais tarde para daí tirar dividendos políticos.A questão das listas de mortos foi algo de surreal e própria de quem já está em delírio político!A continuada utilização deste tipo de «armas» pelos partidos políticos mostra até que ponto chegou a erosão ética dos mesmos nas democracias liberais.Falando claro, os partidos políticos, uns mais do que outros e dependendo se estão na oposição ou no poder,não têm escrupulos em utilizar qualquer arma para desgastar o adversário e alcançar o poder.No seu partidarismo cego não se dão conta que a maioria dos cidadãos já não têm «pachorra» para aturar as suas caturrices em geral desenvolvidas no palco lisboeta.Estes acontecimentos e a gestão dos mesmos pelos diferentes poderes políticos servem para agravar e aprofundar o perigoso divórcio entre os representantes e os representados que, em geral, apenas representam 50% de cada.Não nos admiremos com o que se passa em vários países da Europa , nomeadamente com uma forte ascensão da extrema direita!Com o que se passa na França e em Iátlia com a forte decomposição de alguns partidos políticos , com a corrupção da Justiça e de alguns governantes!
Sentimos porém que é importante uma maior indignação e participação dos cidadãos não apenas nas ruas, na contestação mas também na renovação dos partidos e na criação de novas formas de organização social e política e .Organizações que não reproduzam a partidarite e o sectarismo em que se afundam os atuais partidos.
A expriencia tem mostrado que mais tarde ou mais cedo os novos partidos que surgem são muito semelhantes aos que já existiam.Entram no sistema de representação profissional com deputados, assessores, gabinetes e mordomias dadas pelo Estado.Forma-se uma classe política que também se reproduz através dos betinhos das jotas.Uma classe que tem dinâmica própria e interesses próprios para além dos que representa ou pensa representar.O tempo que vivemos tem esta dupla condição: a erosão dos velhos sistemas políticos e a emergência de novas formas de representação social e política!
A corrupção que lavra em quase todos os sistemas políticos democráticos é a consequência do cinismo político e do oportunismo que se desenvolve nas direções partidárias,Onde falham os ideais e as causas abunda a apetência pelo dinheiro, as alianças com o capital financeiro.Mas isto não é a política no sentido nobre!É a consequência do profissionalismo da política e da cativação da mesma pelos grandes interesses!
terça-feira, 1 de agosto de 2017
FELICIDADE NO TRABALHO?
Em tempos houve a moda entre alguns cientistas de falar na «felicidade no trabalho» ou« hapiness
in work».Em geral no sul da Europa gostamos mais de falar em bem estar no trabalho.Isto de felicidade para os latinos é mais um sentimento reservado para o namoro ou casamento ou algo semelhante.
Na Dinamarca, num seminário em que participei, tive conhecimento que um sindicato fez um inquérito para medir o grau de felicidade no trabalho dos seus associados.Os resultados foram muito interessantes pois apresentavam um conjunto de factores que os trabalhadores consideravam essenciais para se sentirem felizes no trabalho.Entre os priniciapais factores considerados temos o prazer de alcançar os objetivos,o companheirismo entre colegas, a conciliação entre a vida profissional e familiar e o reconhecimento pessoal pelo esforço e o trabalho de cada um.Reconhecimento do patrão ou do chefe aparecia como um dos mais importantes!
Existem estudos mais aprofundados que revelam a importância para o trabalhador do reconhecimento pelo trabalho e esforço realizado.Infelizmente o reconhecimento pessoal não abunda nas empresas e serviços portugueses.Em muitos deles existe a concepção de uma «gestão de recursos humanos» assente na máxima exploração do chamado «factor trabalho», sem consideração e muito menos sem reconhecimento do trabalho e da dignidade do trabalhador,
A falta de reconhecimento pessoal é comum nos locais do trabalho em Portugal mesmo entre colegas.
O sistema atual de gestão capitalista promove a competição entre os trabalhadores, em particular através da ideologia da avaliação e dos prémios de produtividade.Mesmo utilizando o trabalho em equipa e os chamados métodos participativos a gestão procura a diferenciação e coloca os trabalhadores em competição procurando o máximo de cada um.Esta ideologia ao serviço do máximo lucro e da competição foi inclusive adotada pelos serviços públicos europeus como uma coisa boa.Vemos em diversos espaços e tempos centenas de papagaios do sistema e do Estado a papaguearem a bondade dos sistemas de avaliação e da importancia do mérito.Alguns ganham chorudas consultadorias e promissoras vendas dos seus «excelentes» métodos e produtos de avaliação que custam fortunas e infernizam a vidas das chefias e trabalhadores.
Neste quadro não é fácil falar em felicidade no trabalho,Todavia, as empresas podem fazer com que os trabalhadores tenham bem estar no seu trabalho.Basta garantir os seus direitos fundamentais inscritos na Constituição Portuguesa e na Carta Europeia dos Direitos Sociais!Basta que os considerem pessoas e não factores de produção.Será possível nesta economia que mata?
in work».Em geral no sul da Europa gostamos mais de falar em bem estar no trabalho.Isto de felicidade para os latinos é mais um sentimento reservado para o namoro ou casamento ou algo semelhante.
Na Dinamarca, num seminário em que participei, tive conhecimento que um sindicato fez um inquérito para medir o grau de felicidade no trabalho dos seus associados.Os resultados foram muito interessantes pois apresentavam um conjunto de factores que os trabalhadores consideravam essenciais para se sentirem felizes no trabalho.Entre os priniciapais factores considerados temos o prazer de alcançar os objetivos,o companheirismo entre colegas, a conciliação entre a vida profissional e familiar e o reconhecimento pessoal pelo esforço e o trabalho de cada um.Reconhecimento do patrão ou do chefe aparecia como um dos mais importantes!
Existem estudos mais aprofundados que revelam a importância para o trabalhador do reconhecimento pelo trabalho e esforço realizado.Infelizmente o reconhecimento pessoal não abunda nas empresas e serviços portugueses.Em muitos deles existe a concepção de uma «gestão de recursos humanos» assente na máxima exploração do chamado «factor trabalho», sem consideração e muito menos sem reconhecimento do trabalho e da dignidade do trabalhador,
A falta de reconhecimento pessoal é comum nos locais do trabalho em Portugal mesmo entre colegas.
O sistema atual de gestão capitalista promove a competição entre os trabalhadores, em particular através da ideologia da avaliação e dos prémios de produtividade.Mesmo utilizando o trabalho em equipa e os chamados métodos participativos a gestão procura a diferenciação e coloca os trabalhadores em competição procurando o máximo de cada um.Esta ideologia ao serviço do máximo lucro e da competição foi inclusive adotada pelos serviços públicos europeus como uma coisa boa.Vemos em diversos espaços e tempos centenas de papagaios do sistema e do Estado a papaguearem a bondade dos sistemas de avaliação e da importancia do mérito.Alguns ganham chorudas consultadorias e promissoras vendas dos seus «excelentes» métodos e produtos de avaliação que custam fortunas e infernizam a vidas das chefias e trabalhadores.
Neste quadro não é fácil falar em felicidade no trabalho,Todavia, as empresas podem fazer com que os trabalhadores tenham bem estar no seu trabalho.Basta garantir os seus direitos fundamentais inscritos na Constituição Portuguesa e na Carta Europeia dos Direitos Sociais!Basta que os considerem pessoas e não factores de produção.Será possível nesta economia que mata?
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