France Télécom a braços com "espiral suicida"
O CEO da France Télécom, Didier Lombard, garantiu ontem que tudo fará para "acabar com a espiral infernal" de suicídios entre os funcionários da operadora.
No último ano e meio, 23 empregados da empresa puseram fim à própria vida, uma média cinco vezes superior à de França, segundo o "Libération".
Lombard reuniu-se ontem com o ministro do trabalho francês, Xavier Darcos, para adoptarem medidas que permitam baixar a taxa de suicídios, como a adopção de um serviço de aconselhamento e um programa de vigilância.
Esta reuniu surgiu depois de a ministra da economia, Christine Lagarde, ter obrigado o conselho de administração da empresa, onde o Estado mantém uma participação de 26%, a dedicar uma reunião do conselho ao problema.Além dos 23 suicídios dos últimos 18 meses, tem havido tentativas fracassadas.
Na semana passada, a meio de uma reunião, um trabalhador de 49 anos golpeou o próprio ventre depois de saber que ia mudar de funções.Não morreu. Dois dias depois, uma colega de empresa sucumbiu depois de se ter atirado de um quarto andar, após saber que o chefe da sua equipa ia mudar. Há vários meses que os sindicatos denunciam os métodos de trabalho e de organização da France Télécom, as constantes mudanças de funções e de residência dos trabalhadores, e a pressão directa para que os quadros mais antigos aceitem as propostas de pré-reforma.
Outra das situações denunciadas é o programa "Time to move", que impõe que quem ocupa determinados cargos de responsabilidade mude de funções de três em três anos.(notícia do dia)
Nota: Esta questão vem reforçar a polémica actual em França sobre a capacidade do modelo actual dos serviços de segurança e saúde no trabalho.Ver mais
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