Felizmente ou infelizmente nunca, como hoje, se escreve tanto sobre stresse, assédio moral, violência no trabalho, enfim, de sofrimento dos trabalhadores, na sua grande maioria sujeitos a grandes pressões físicas e psicológicas!
A fadiga crónica e a depressão são o resultado de uma deficiente qualidade de vida e de trabalho, num contexto de crise provocada pelo sistema financeiro e pela ideologia gestionária moderna que ensina a explorar o trabalhador como um recurso e não a trata-lo como uma pessoa! Existe hoje uma guerra relativamente silenciosa entre os que defendem que as doenças modernas provocadas pelo stresse são de difícil quantificação e estão relacionadas com as vulnerabilidades dos trabalhadores e os que consideram que o stresse e as doenças psicológicas está fundamentalmente relacionado com as novas formas de organização do trabalho.O lote dos primeiros é constituído em geral por gestores, dirigentes e alguns cientistas e técnicos que apenas valorizam a quantificação e não outras dimensões importantes da vida, nomeadamente a experiência e a subjetividade. Tudo o que não seja mensurável, reduzido a estatísticas e números não tem verdadeira importância! Claro que os interesses económicos sustentam esta visão e pagam para que a mesma se propague sob a capa do cientismo.
Do outro lado, dos que consideram que na base das doenças modernas no trabalho está fundamentalmente a organização do trabalho capitalista, temos a maioria dos médicos do trabalho, dos sindicatos e dos cientistas sociais. Esta clivagem ou fratura faz parte da atual guerra ideológica que o sistema promove globalmente contra o mundo do trabalho! Uma guerra surda, quotidiana, que cria sofrimento, despersonalização, humilhação e doentes para os sistemas públicos de saúde e muito dinheiro para as indústrias farmacêuticas!
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