A Europa
não esconde as graves feridas que a afetam neste momento. A falta de
solidariedade é a nota dominante da União Europeia onde a crise grega e
ucraniana, bem como os imigrantes do norte de África são os casos mais
evidentes e dolorosos!
Bem pode o Papa e outras entidades, nomeadamente a ONU
e pessoas de outros continentes, lançarem alertas para que a Europa seja coesa, neste
momento tão crítico da sua história! Será falar para o vento, certamente! O
caso grego vai ser resolvido pela imposição mais ou menos pesada dos credores
que não estão interessados em soluções de longo prazo para tirar aquele povo do
atoleiro da austeridade.
A Ucrânia vai arder em fogo lento porque assim
interessa aos interesses de Obama, Merkel e Putin. A trágica situação dos
imigrantes vai ser resolvida com paliativos, com uma pretensa caça aos
traficantes de seres humanos. Política de vistas curtas, de factos para a
televisão, de atos para o voto, de subserviência perante o sistema financeiro e
multinacional.
Não
deixa de ser curioso o facto de que o discurso mais livre e descomprometido
neste momento seja o do Papa Francisco! Uma encíclica recente sobre o nosso
futuro, incluindo o do nosso planeta, fala de coisas verdadeiramente
importantes, sem máscaras, sem sombras, dizendo claramente que com esta
economia do descartável e de exploração da natureza e dos mais fracos estaremos
condenados a médio prazo.Os arautos conservadores vieram logo a terreiro dizer que o Papa não critica esta economia mas sim o facto de não se apoiar os pobres devidamente! Esta gente poderosa sabe que o Papa Francisco está a pôr o dedo na ferida, mas não tem
coragem de mudar! Terá que ser forçada!
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