Aproximam-se as eleições legislativas! Na Grécia
o povo rompeu o bipartidarismo e, desesperado e
faminto, derrotou o tradicional partido
da direita (Nova Democracia) e afundou o representante do social liberalismo (PASOK)!Foi
a derrota completa do status quo, da obediência cega aos «mercados» e credores
representados pela Troika!
Na Espanha o «Podemos» e o «Ciudadanos»
podem igualmente colocar em questão os tradicionais partidos da direita (PP) e
do centro esquerda (PSOE) igualmente do «centrão» espanhol que gerem o sistema
politico e sindical há décadas!
Em ambos os países, para não falarmos de
outros como a França ou Alemanha, aqueles partidos têm dinheiros públicos para
se sustentarem, para se perpetuarem numa alternância sem esperança, gerindo a
crise de modo que os trabalhadores, desempregados e pobres levem o fardo mais
pesado!
A arrogância de muita desta gente é
insustentável, dividem o bolo financeiro entre eles, quer seja o bolo
partidário quer seja o bolo das instituições «democráticas» no aparelho de
Estado, desde a mais humilde freguesia até á mais opulenta empresa pública ou
privada! Competentes ou incompetentes são eles que mandam e que gerem!
Em Portugal a situação também pode mudar!
As pessoas estão fartas desta gente que se apoderou da democracia em seu
proveito! Algo tem que mudar nos próprios partidos para que a mudança não se
faça contra eles ou sem eles!
No entanto, em Portugal a sensação é de
resignação e de palavreado oco! Desenterram-se casos e mais casos de corrupção,
de fuga ao fisco, à segurança social, de desvio de milhões de euros, disto e
daquilo! Porém, não se vislumbra uma alternativa programaticamente sólida a
esta maioria! Não basta derrotar nas eleições o bloco de direita, é preciso
criar algo muito concreto que nos dê esperança de que é possível uma outra
política! Não exatamente um regresso ao passado! Mas um regresso ao futuro que
reponha os direitos sociais e laborais e uma vida com dignidade! Dignidade
significa que não tenhamos crianças em Portugal com fome e idosos a morrem sem
assistência na saúde e na velhice. Que não tenhamos a desigualdade imoral que
cresce de forma tão impune.
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