A ACT vai lançar neste mês de maio mais uma campanha de melhoria das condições de trabalho, agora destinada às pescas portuguesas.
No programa de justificação desta ação aquela entidade refere, a dado momento, o seguinte quadro sobre as condições de trabalho naquele setor: «A atividade produtiva desenvolve-se em local de trabalho longe de terra firme, com exposição dos trabalhadores a fatores ambientais, balanços dos postos de trabalhos, a trabalho em espaços confinados, a ruídos e vibrações, e a uma ampla gama de variações climáticas e culturais, como por exemplo a privação do convívio familiar.
E mesmo em momentos de descanso o trabalhador está alerta para agir em eventuais emergências e imprevistos na embarcação. Acresce ser frequente a precariedade na relação laboral e a prática de horários de trabalho atípicos que assumem um impacto fortemente negativo nas condições de segurança e de saúde no trabalho.»
O conceito de «horários atípicos» é apenas um eufemismo para designar horários pesados, ou, em muitos casos, trabalho sem horários! Os acidentes mortais devem-se em larga medida aos naufrágios. Mas também existem acidentes devidos às práticas de trabalho, deficiências organizativas e aos equipamentos. Em 2010 contabilizaram-se mais de 1200 acidentes de trabalho, com 13 mortais. Doenças profissionais, quantas serão ao certo? Ninguém sabe!
Como objetivos desta campanha foram definidos os seguintes pela ACT:
«Esta Campanha, inserida no “Plano de Atividades da Autoridade para as Condições do Trabalho” de 2014, tem como objetivo estratégico a promoção da melhoria das condições do trabalho no setor da pesca. Este Objetivo estratégico consubstancia-se nos seguintes objetivos operacionais:
a) Combater (eliminar/reduzir/controlar) os riscos centrais para a segurança e saúde dos trabalhadores do setor da pesca com vista à redução da sinistralidade laboral e da incidência de doenças profissionais, a saber:
i. Os riscos de quedas ao mesmo nível a níveis diferentes, cortes choques e pancadas;
ii. Os riscos ergonómicos resultantes do trabalho com posturas incorretas e da movimentação manual de cargas;
iii. Os riscos mecânicos associados ao uso de máquinas e equipamentos; Os riscos físicos (ruído e vibrações) associados à utilização de equipamentos de
iv. Os riscos psicossociais relacionados com as interações sociais negativas que o trabalho e a sua organização podem encerrar.
b) Reforçar o nível de cumprimento das prescrições legais relativas quer a relações laborais, quer à segurança e saúde no trabalho;
c) Promover o reforço da capacidade de intervenção dos parceiros sociais e institucionais do setor contribuindo para a melhoria dos níveis de bem-estar no trabalho;
d) Melhorar a capacidade de comunicação e de atuação da ACT e as competências dos seus profissionais.» Espera-se que a partir desta Campanha a ACT intervenha de forma mais vigorosa no setor das pescas, nomeadamente em termos inspetivos promovendo relações laborais com respeito pelos direitos dos pescadores. Campanha pode ser seguida em www.act.gov.pt
No programa de justificação desta ação aquela entidade refere, a dado momento, o seguinte quadro sobre as condições de trabalho naquele setor: «A atividade produtiva desenvolve-se em local de trabalho longe de terra firme, com exposição dos trabalhadores a fatores ambientais, balanços dos postos de trabalhos, a trabalho em espaços confinados, a ruídos e vibrações, e a uma ampla gama de variações climáticas e culturais, como por exemplo a privação do convívio familiar.
E mesmo em momentos de descanso o trabalhador está alerta para agir em eventuais emergências e imprevistos na embarcação. Acresce ser frequente a precariedade na relação laboral e a prática de horários de trabalho atípicos que assumem um impacto fortemente negativo nas condições de segurança e de saúde no trabalho.»
O conceito de «horários atípicos» é apenas um eufemismo para designar horários pesados, ou, em muitos casos, trabalho sem horários! Os acidentes mortais devem-se em larga medida aos naufrágios. Mas também existem acidentes devidos às práticas de trabalho, deficiências organizativas e aos equipamentos. Em 2010 contabilizaram-se mais de 1200 acidentes de trabalho, com 13 mortais. Doenças profissionais, quantas serão ao certo? Ninguém sabe!
Como objetivos desta campanha foram definidos os seguintes pela ACT:
«Esta Campanha, inserida no “Plano de Atividades da Autoridade para as Condições do Trabalho” de 2014, tem como objetivo estratégico a promoção da melhoria das condições do trabalho no setor da pesca. Este Objetivo estratégico consubstancia-se nos seguintes objetivos operacionais:
a) Combater (eliminar/reduzir/controlar) os riscos centrais para a segurança e saúde dos trabalhadores do setor da pesca com vista à redução da sinistralidade laboral e da incidência de doenças profissionais, a saber:
i. Os riscos de quedas ao mesmo nível a níveis diferentes, cortes choques e pancadas;
ii. Os riscos ergonómicos resultantes do trabalho com posturas incorretas e da movimentação manual de cargas;
iii. Os riscos mecânicos associados ao uso de máquinas e equipamentos; Os riscos físicos (ruído e vibrações) associados à utilização de equipamentos de
iv. Os riscos psicossociais relacionados com as interações sociais negativas que o trabalho e a sua organização podem encerrar.
b) Reforçar o nível de cumprimento das prescrições legais relativas quer a relações laborais, quer à segurança e saúde no trabalho;
c) Promover o reforço da capacidade de intervenção dos parceiros sociais e institucionais do setor contribuindo para a melhoria dos níveis de bem-estar no trabalho;
d) Melhorar a capacidade de comunicação e de atuação da ACT e as competências dos seus profissionais.» Espera-se que a partir desta Campanha a ACT intervenha de forma mais vigorosa no setor das pescas, nomeadamente em termos inspetivos promovendo relações laborais com respeito pelos direitos dos pescadores. Campanha pode ser seguida em www.act.gov.pt
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