O ano de 2018 mostrou qual o elemento essencial da
estratégia da direita para recuperar o poder político.Os incendios florestais, o
roubo de armas emTancos o acidente de Borba e as dificuldades no SNS foram explorados
pelos partidos da direita para atacar a geringonça de esquerda.Sem qualquer
pudor!Sabemos agora qual vai ser a tecla onde a direita vai bater durante os
próximos meses para debilitar o governo.
Diga-se que poderá ter bastante sucesso
em particular se no ano de 2019 ocorrerem mais casos graves de acidentes e se a
situação no SNS se agravar.Ora, a situação em Portugal após os cortes do
Governo Passos/Portas e após o desinvestimento do governo Centeno/Costa, é
muita delicada nomeadamente nas infraestruturas, como estradas,ferrovia, costa
marítima, florestas, seca, etc.
Por outro lado , e apesar do aumento do
investimento no SNS o mesmo não foi suficiente nomeadamente para aumentar o recrutamento
de pessoal e melhorar as condições de trabalho dos profissionais de saúde.
A hipocrisia dos partidos de direita não tem, porém,
limites .Foi com a coligação PSD/CDS, no tempo da Troika que o País mais sofreu
e mais se debilitou.Aliás, a direita exige sempre menos Estado, menos despesa
do Estado, menos impostos.Agora fartam-se de chorar e dizem que com este
governo o Estado não garante a segurança dos cidadãos.
A estratégia está feita e vai aprofundar-se.Será
impossível para qualquer governo prever que uma estrada vai ruir,uma barragem
rebentar,um ciclone ou terramoto vai ocorrer!Será, todavia, necessário que um
governo tome precauções, desenvolva uma estratégia de prevenção e exija que os
organismos funcionem e fiscalizem.Não demita ou coloque na prateleira quem
tenha a coragem de denunciar a corrupção ou denuncie um possível
risco.Implemente uma cultura de exigência e de responsabilidade mas também de
melhoria de condições de trabalho , de motivação salarial ,de carreira.
Não
pense a direita nem a esquerda que é possível ter um Estado a funcionar com
responsabilidade e eficácia sem motivação, formação e reconhecimento dos seus
trabalhadores.Os funcionários públicos não podem ser privilegiados, mas também
não podem ser considerados párias e agradecidos só pelo facto de terem trabalho.
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