O ano de 2019 vai ser um tempo quente sob ponto de vista político e social.A direita oficial e a clandestina vão fazer tudo para que não se repita a «Geringonça».O Partido Socialista vai gizar uma política que lhe possa dar uma maioria eleitoral no próximo ano capaz de poder governar sozinho!A outra esquerda, nomeadamente o Partido Comunista e o Bloco de Esquerda, vão trabalhar para que as esquerdas tenham mais deputados mas que o PS não tenha a maioria absoluta.Fundamental neste quadro será que nehum partido de esquerda tenha menos votos dos que conseguiu nas últimas eleições.
Sob ponto de vista social também vamos ter um ano animado.O ano de 2018 deixa muito assunto por arrumar.Os precários do Estado tardam em estar devidamente integrados, a legislação laboral que está no Parlamento não é consensual à esquerda e novas lutas se perspectivam para que seja alterada para melhor, nomeadamente na questão da contratação colectiva, despedimentos e indemnizações , trabalho nocturno,férias e trabalho extraordinário.
Quem ler com atenção a Resolução do Conselho Nacional da CGTP de 14 de dezembro poderá ver que «as coisas vão aquecer» em 2019,prevendo-se uma grande dinamização das lutas sociais e profissionais que poderão inclusive culminar com uma greve geral antes do verão!
Sem condenar esta solução governativa a CGTP quer mostrar que a mesma ficou muito aquem do desejado, por culpa do PS, claro, e das restrições dos Tratados europeus.Em convergência com a esquerda partidária a CGTP quer mostrar que a solução é impedir uma maioria do PS e naturalmente um reforço eleitoral das esquerdas, em particular da CDU.
E por acaso não será verdade?Esta solução governativa teve vários méritos, com destaque para o facto de impedir que o «diabo voltasse».Todavia, ao nível da legislação laboral as reformas da Troika quase que ficaram todas, mantendo uma grande falta de equilibrio nas relações laborais, num quadro de aumento do emprego,mas também de crescente precariedade.Hoje reina a «selva» numa grande parte da nossa economia.É verdade que aumentou o salário mínimo, mas continuamos com um salário mínimo de miséria reconhecido inclusive por alguns patrões!A ACT, inspeção do trabalho,eclipsou-se, enredada nos intermináveis concursos para inspectores do trabalho e nas campanhas de informação e sensibilização, sem meios financeiros e técnicos suficientes bem como de estratégia no terreno.
Os serviços públicos e as infraestruturas estão cada vez pior.O governo tem muitas frentes de batalha no próximo ano.Terá que agir, trabalhar melhor,dialogar ainda melhor!O déficit não é tudo na vida.Olhem para a França.Poderá chegar aos 3,5% de déficit e não será ameaçada quanto mais castigada!
Sem comentários:
Enviar um comentário