Quem
vive de perto com a comunicação social, e se tiver um pouco de sentido crítico,
notará como está em curso uma monumental instalação de uma ideologia
conservadora que visa justificar e reforçar os valores de uma sociedade
desigual e autoritária, hostil ao espírito crítico e a qualquer contestação.
Um dos
sinais mais evidentes desta instalação ideológica conservadora é o ataque aos
sindicatos e outras organizações de trabalhadores. E porque? Simplesmente
porque eles, ou a maioria deles, ainda são em Portugal a forma mais visível da
contestação às políticas de desvalorização do trabalho, da exploração dos
trabalhadores! Porque eles dizem em voz alta muito daquilo que milhares de
trabalhadores apenas podem dizer em voz baixa ou já nem dizem!
Os
sindicatos dizem mal? Dizem de forma anacrónica? Dizem de forma mais ou menos
partidária? E depois? Mas dizem, protestam, não aceitam a nova ideologia que defende
a empresa como senhora de todos os direitos e benefícios a quem os
trabalhadores devem submeter sem regras o seu tempo, as suas energias a sua
vida familiar! Não aceitam que desconhecidos especuladores e investidores do
capital tudo possam, tudo mandem tudo decidam! A supremacia é do trabalho sobre
o capital!
Os
ataques aos sindicatos por alguma comunicação social é um dos sintomas da
doença do sistema democrático! Outro sintoma, aliás já bem visível, são as manifestações
racistas e xenófobas, nomeadamente as posições relativamente aos
refugiados/imigrantes que chegam á Europa pelo mar mediterrâneo. As posições egoístas,
manifestamente ignorantes e enviesadas dos racistas ressuscitam teses nazis que
pensávamos enterradas para sempre!
O ataque
demagógico ao sindicato, ao imigrante, ao que pensa criticamente e ao que é
diferente da carneirada são sintomas claros de que se caminha para sociedades
perigosamente fascistas!
Esta
situação obriga-nos à lucidez, à reflexão e à ação na unidade! Enquanto é tempo…..
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