Todos os dias temos notícias da Ucrânia que vive uma verdadeira guerra civil! A informação generalista que nos chega pelos jornais e televisão é simplista e, na maioria dos casos manipuladora, ou seja, não nos diz toda a verdade e tem como objetivo levar-nos a apoiar as políticas ocidentais sem espírito crítico!
Antes de mais temos que estudar a história da Ucrânia e da Rússia. O passado destes dois países mostra-nos como têm muito de comum e de algum modo interesses entrelaçados! Neste sentido, metade da Ucrânia fala ucraniano e outra metade fala russo! A dinâmica das recentes mudanças neste país colocou frente a frente populações que são culturalmente e politicamente diferentes.
Todavia, é importante fazer a seguinte pergunta: a quem interessa a desagregação da Ucrânia? Quais são os interesses geoestratégicos e de recursos naturais que estão em jogo? Porquê o envolvimento da UE, dos USA e da Rússia? Ora, sob a capa do apoio a uma parte dos ucranianos estão os Estados Unidos da América e a Europa, em particular a União Europeia. Sob a capa do apoio a outra parte, aos independentistas, está a Rússia de Putin.
Nas últimas mudanças em Kiev estão envolvidas um conjunto de forças políticas e sociais. Algumas destas forças pretendiam e pretendem um poder efetivamente democrático e anti oligárquico. Estarão neste caso algumas forças progressistas das classes trabalhadoras e alguns sindicatos. Todavia, as forças nacionalistas e as milícias fascistas, algumas com uma história tenebrosa desde os tempos do nazismo, lideraram a revolta em Kiev e não podem ouvir nem ver ninguém com ideias de esquerda! Para eles este tipo de pessoas são comunistas e, portanto, pró-russos! Chegaram mesmo a incendiar a sede dos sindicatos em Odessa! Querem o apoio do ocidente mas a democracia para eles é uma balela!
Lamentavelmente os USA e a União Europeia não fazem aparentemente qualquer destrinça neste caldeirão ucraniano! Os americanos definiram há muito tempo os seus objetivos estratégicos para a Ucrânia e para a Rússia. Impedir este país de voltar á sua grandeza imperial e de se tornar uma potência euroasiática! Nada melhor do que uma guerra nas suas barbas, precisamente no país chave para este objetivo russo. Manter este conflito em lume brando é o ideal até porque a hegemonia dos USA está a ser colocada em causa noutras partes do mundo! Por seu lado, Putin viu-se confrontado com uma situação delicada não apenas para as suas ambições de grande potência mas também porque se sente mais do que nunca cercado pela NATO, num anel que esta organização militar vai construindo etapa a etapa, aproveitando a animosidade histórica dos países do centro e leste contra a Rússia.
Perante o dilema de uma Ucrânia unida e anti Rússia ou uma Ucrânia fragmentada, mas em que uma parte esteja com a Rússia, Putin escolherá a última mesmo que isso lhe custe uma nova «guerra fria» Entretanto, a União Europeia capitaneada por uma Alemanha emergente na cena internacional converge no essencial com os USA, embora procurando não hostilizar Putin em demasia.
Neste jogo perigoso as grandes potências Rússia, USA e Alemanha procuram gerir a situação a seu favor sacrificando, se necessário, alguns milhares de europeus. Esta situação envenena o ambiente em toda a Europa, nomeadamente o sindicalismo europeu. A tentação dos sindicatos do leste europeu é, neste quadro, alinhar pelas teses mais ocidentais embora haja gente que analisa a situação com espírito crítico. Daí a dificuldade da CES em falar sobre esta tão importante questão europeia! As organizações de trabalhadores continuam dilaceradas por questões geopolíticas, tal como há mais de um século com a primeira grande guerra!
Antes de mais temos que estudar a história da Ucrânia e da Rússia. O passado destes dois países mostra-nos como têm muito de comum e de algum modo interesses entrelaçados! Neste sentido, metade da Ucrânia fala ucraniano e outra metade fala russo! A dinâmica das recentes mudanças neste país colocou frente a frente populações que são culturalmente e politicamente diferentes.
Todavia, é importante fazer a seguinte pergunta: a quem interessa a desagregação da Ucrânia? Quais são os interesses geoestratégicos e de recursos naturais que estão em jogo? Porquê o envolvimento da UE, dos USA e da Rússia? Ora, sob a capa do apoio a uma parte dos ucranianos estão os Estados Unidos da América e a Europa, em particular a União Europeia. Sob a capa do apoio a outra parte, aos independentistas, está a Rússia de Putin.
Nas últimas mudanças em Kiev estão envolvidas um conjunto de forças políticas e sociais. Algumas destas forças pretendiam e pretendem um poder efetivamente democrático e anti oligárquico. Estarão neste caso algumas forças progressistas das classes trabalhadoras e alguns sindicatos. Todavia, as forças nacionalistas e as milícias fascistas, algumas com uma história tenebrosa desde os tempos do nazismo, lideraram a revolta em Kiev e não podem ouvir nem ver ninguém com ideias de esquerda! Para eles este tipo de pessoas são comunistas e, portanto, pró-russos! Chegaram mesmo a incendiar a sede dos sindicatos em Odessa! Querem o apoio do ocidente mas a democracia para eles é uma balela!
Lamentavelmente os USA e a União Europeia não fazem aparentemente qualquer destrinça neste caldeirão ucraniano! Os americanos definiram há muito tempo os seus objetivos estratégicos para a Ucrânia e para a Rússia. Impedir este país de voltar á sua grandeza imperial e de se tornar uma potência euroasiática! Nada melhor do que uma guerra nas suas barbas, precisamente no país chave para este objetivo russo. Manter este conflito em lume brando é o ideal até porque a hegemonia dos USA está a ser colocada em causa noutras partes do mundo! Por seu lado, Putin viu-se confrontado com uma situação delicada não apenas para as suas ambições de grande potência mas também porque se sente mais do que nunca cercado pela NATO, num anel que esta organização militar vai construindo etapa a etapa, aproveitando a animosidade histórica dos países do centro e leste contra a Rússia.
Perante o dilema de uma Ucrânia unida e anti Rússia ou uma Ucrânia fragmentada, mas em que uma parte esteja com a Rússia, Putin escolherá a última mesmo que isso lhe custe uma nova «guerra fria» Entretanto, a União Europeia capitaneada por uma Alemanha emergente na cena internacional converge no essencial com os USA, embora procurando não hostilizar Putin em demasia.
Neste jogo perigoso as grandes potências Rússia, USA e Alemanha procuram gerir a situação a seu favor sacrificando, se necessário, alguns milhares de europeus. Esta situação envenena o ambiente em toda a Europa, nomeadamente o sindicalismo europeu. A tentação dos sindicatos do leste europeu é, neste quadro, alinhar pelas teses mais ocidentais embora haja gente que analisa a situação com espírito crítico. Daí a dificuldade da CES em falar sobre esta tão importante questão europeia! As organizações de trabalhadores continuam dilaceradas por questões geopolíticas, tal como há mais de um século com a primeira grande guerra!
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