Sob coordenação da ACT prepara-se uma nova Estratégia Nacional de SST para 2015-2020!Foram pedidos contributos aos parceiros sociais, mas os funcionários da própria entidade nada sabem na sua esmagadora maioria!
Uma mentalidade elitista, antiquada, que parte do princípio que tal
documento, de natureza técnico-política, não pode ter contributos
daqueles que sob ponto de vista profissional estão empenhados no combate
da promoção da saúde dos trabalhadores e são funcionários numa entidade pública! Estes funcionários devem apenas executar as políticas, segundo opinião destas mentalidades do século passado! Mas, adiante! Tal documento, a nova Estratégia Nacional, deve evitar as generalizações e as boas intenções e a responsabilidade da sua execução não deve ficar apenas a cargo da ACT. Deve estabelecer metas concretas ao nível da redução da sinistralidade e ao nível das doenças profissionais! A execução das medidas e obtenção dos objetivos deveriam envolver e responsabilizar o Conselho da ACT, onde estão representados os parceiros sociais, de forma mais efetiva.
Por outro lado, deveriam ser estabelecidos objetivos e metas concretas ao nível da administração pública no campo da promoção da segurança e saúde no trabalho. Uma meta essencial neste domínio seria estabelecer um prazo de dois anos para que todos os trabalhadores do Estado, inclusive forças policiais, estivessem cobertos por medicina no trabalho e serviços de segurança, procedendo-se á respetiva avaliação de riscos. Todos os grandes serviços deveriam ter serviços de segurança no trabalho organizados!Num determinado prazo todos os trabalhadores da administração deveriam fazer exames médicos e ter a respetiva ficha clínica! Esta questão deveria ser levada tão a sério que poderia e deveria constituir uma componente da reforma do Estado de que tanto se fala! A qualidade do trabalho é essencial para a qualidade do próprio serviço público!
A questão do amianto nos edifícios públicos deveria constar neste documento, tendo como objetivo a irradicação deste material de todas as instalações e ainda promover rastreios a todos os trabalhadores que estiveram em contato com as respetivas poeiras.
No domínio psicossocial deveriam ser igualmente estabelecidas metas, nomeadamente uma avaliação de riscos nos locais de trabalho começando pelo setor da saúde e da educação. Relativamente ás campanhas setoriais de prevenção seria necessário estabelecer quais, em que setores e quais os objetivos. Estas campanhas deveriam ser repensadas porque na realidade raramente chegam aos trabalhadores.
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