Atualmente
as carreiras profissionais são cada vez mais longas e exigentes, e os riscos psicossociais
no trabalho têm sido valorizados devido às suas consequencias na saúde física
e mental dos trabalhadores. Os enfermeiros, pelas exigências emocionais da
exposição constante ao sofrimento humano estão vulneráveis ao burnout e
depressão, a qual é um dos temas da OMS para 2017.
Pretendem-se conhecer os níveis de depressão e de burnout e suas inter-correlações numa amostra de 301 enfermeiros de um hospital do distrito do
Porto. Utilizando o Maslach Burnout Inventory e o Beck Depression Inventory encontraram- se níveis baixos de depressão e de burnout, embora exista já 1% da amostra
com depressão e 10% com burnout elevado.
Existem correlações positivas significativas
entre burnout e depressão, com valores preditivos recíprocos de cerca de 30%, sendo
a exaustão emocional o principal preditor da depressão. Os resultados alertam
para a pertinência de mais investigação num grupo profissional cujo trabalho é
de grande responsabilidade e
crucial para
a vida dos pacientes, pois os níveis de depressão e burnout podem condicionar a
saúde física e mental dos enfermeiros e, consequentemente, afetar negativamente
a qualidade dos cuidados prestados aos utentes.VER
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