Este é um blog para comunicar com todos os que se preocupam com a promoção da segurança e saúde no trabalho, sindicalismo e relações de trabalho em Portugal , na Europa e no Mundo.
sábado, 20 de novembro de 2010
PRECÁRIOS PARA TODA A VIDA?
A jornalista São José Almeida é autora de um excelente artigo no Público de hoje sobre os jovens precários.Fala dos movimentos que procuram organizar estes trabalhadores que de algum modo se parecem ao proletariado de outros tempos!
As famílias, que são muitas, que têm jovens trabalhadores precários, alguns já com décadas, sabem de que drama ou dramas estamos a falar.Assim:
Ser precário é um drama para a família: efectivamente ter um membro da família a trabalhar com um vínculo que vai acabar é ter a angústia de não ter meios para o apoiar quando estiver no desemprego.Desemprego que pode ter ou não subsídio!E quando irá ter novo trabalho?
Ser precário é um drama pessoal.Toda a vida é precária, até o amor é precário!Não podem existir planos de vida pessoal nem familiar.As alternativas são o desemprego ou a imigração,quase sempre também precária!
A precariedade pode ser também um caminho para a doença, nomeadamente para a depressão!Espanha e Portugal são países com muita precariedade e muitas doenças do foro psicológico.
A precariedade cria um estado de espírito, uma cultura e alimenta um tipo de empresa de natureza predadora!Usar e deitar fora!
Esta empresa está ao serviço do moderno capitalismo que cada vez mais funciona com um tipo de gestão baseada na pressão e em objectivos que não estão ao alcance do trabalhador e que serve o máximo lucro do accionista..O trabalhador sente que por mais que se esforce não consegue alcançar os objectivos traçados pela chefia!Fica nas mãos dos chefes e gestores.Começa a duvidar das suas capacidades e de si próprio!
Estas empresas pressionam frequentemente para despedir os trabalhadores efectivos e recorrer em seguida aos temporários.
Mesmo sob ponto de vista económico a precariedade não é boa para os estados.A saúde e a segurança social recolhem menos receitas e vão gastar mais com a saúde e subsídios de desemprego quando existem!
Esta sociedade a tratar assim a gente nova não vai ter futuro!Serão os próprios jovens que virão para a rua dizer BASTA!
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