sábado, 6 de fevereiro de 2010

FUNÇÃO PÚBLICA :O GRANDE DESAFIO!

A situação dos trabalhadores da Função Pública está complicada!Em tempos de crise são os primeiros a pagarem as favas!Durante anos os funcionários públicos aparecem como trabalhadores especiais. Vínculo seguro, sem grande pressão no trabalho (até dava para alguns tirarem um curso) e salários não muito altos, mas sempre pagos a horas!Qual a família que não gostava de um emprego público para um familiar, principalmente nas finanças?

Os tempos mudaram, entretanto, os serviços não respondem às exigências sociais, a partidarização mexeu com a estrutura dirigente,as mudanças tecnológicas introduzidas nem sempre respondiam a necessidades, mas a interesses pessoais, a formação nem sempre era adequada e contrata-se à hora, a termo, ou a prestação de serviços!Os serviços baixaram de qualidade e alguns são privatizados, os cidadãos queixam-se de que são mal servidos e começa a culpabilização dos funcionários públicos!
As reformas apregoadas por todos aparecem como as grandes soluções.Passado algum tempo as reformas introduzidas apenas tornam os serviços menos capazes de servir o cidadão e o que reina é a desorganização e a desmotivação!
Critérios economicistas fundamentam a nova estrutura de carreiras e de promoções!Os funcionários sentem-se isolados, inteiramente nas maõs dos chefes e, os mais novos ,longe de qualquer compensação e no início de uma longa carreira.A desmotivação dos mais velhos é notória , basta ver o número dos que querem ir para a aposentação!

Os outros trabalhadores continuam a pensar que os funcionários públicos são privilegiados!No próprio movimento sindical e na oposição de esquerda não se leva a sério a situação!Há uma grande infelicidade e desmotivação profissional na Função Pública! Acordem!Os dirigentes sindicais (UGT e CGTP) preparem um novo caminho de unidade, convergência, o que lhe queiram chamar, mas passem para uma nova etapa para que a mobilização dos trabalhadores possa dar um salto qualitativo! Não nos podemos contentar com 40 ou 50 mil trabalhadores na rua!Há um grande trabalho pela frente para se dignificar o trabalhador e o serviço público!A responsabilidade é de todos !Os dirigentes sindicais devem assumir a sua autonomia estratégica para que o movimento sindical seja um actor de corpo inteiro na cena política!

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