Em França com a subida de Macron ao poder, o seu amor às grandes empresas e a sua filosofia anti sindical ainda provocou uma breve reação sindical, em particular da CGT e dos sindicatos mais classistas.Cedo, porém, a divisão entre as diferentes organizações sindicais contribuiu para impedir uma reação mais sólida!
Em Itália quase não se ouve falar de sindicalismo e das lutas dos trabalhadores.Em Espanha o que está na ordem do dia é a unidade do Estado Espanhol que a Catalunha colocou em xeque.Os acordos e pactos entre as duas principais confederações, UGT e Comissiones, e o governo de direita de Rajoy, fazendo correr os euros, mantém a paz social por agora!
Em Portugal o governo PS apoiado pelos partidos da esquerda e o medo do retorno da direita e de uma maior austeridade criaram as condições para um amortecer das lutas dos trabalhadores.
O sindicalismo inglês e irlandês é hoje uma pálida manifestação do que já foi!O Brexit veio ainda confundir as hostes, em particular nas bases laborais.
No leste europeu o sindicalismo ainda enfrenta um capitalismo selvagem que vive do dumping social,do populismo autoritário e do medo ao imigrante.Algum sindicalismo ou vive do passado ou é mais papista que o Papa, na defesa das teses de privatização, dos direitos das empresas e do investimento privado!
A Confederação Europeia de Sindicatos, que quase não passa de um comité interlocutor das instituições da União Europeia, definha a olhos vistos, sem mobilizar ninguém, sem galvanizar ideológicamente, sem arvorar bandeiras, corroída pelo pragmatismo sindical!
Camadas cada vez maiores de trabalhadores europeus trabalham sem proteção, na precariedade, com salários de miséria ou no desemprego, muitos sem subsídio de desemprego.O que fazer?Há que dar um murro na mesa!Então a economia europeia volta a crescer,bem como as desigualdades sociais;o trabalho perde qualidade e abundam os mini jobs; os patrões fazem o que querem das leis laborais;o Estado social é reduzido ao mínimo em vários países.O sindicalismo não está a responder aos desafios, novos e velhos desafios.Não nos admiremos que mais trabalhadores abandonem os sindicatos!
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