Tenho comentado muito com amigos e companheiros de luta o facto relativamente novo da oposição
partidária e a comunicação social aproveitarem politicamente tão descaradamente as tragédias e fragilidades sofridas pela nossa sociedade nos últimos tempos!Alguém dizia em tempos passados, brincando, que um dia o nosso País deixaria de ter a proteção de Nossa senhora de Fátima!É verdade!Cada vez mais iremos ter rupturas ao nível do território, das infra estruturas, da floresta, do clima e dos serviços públicos.Essas rupturas serão a consequência das opções políticas dos últimos anos e do quadro europeu de austeridade económica.
A direita e alguns interesses exploram de forma clara a tragédia!Mas, na retaguarda existe o que alguns estudiosos chamam de capitalismo do desastre.Os interesses económicos que se desenvolvem e ganham com os desastres.Que ganham com os incêndios, com as cheias, com o fecho de balcões de serviços e a desertificação.Após os desastres o Estado terá que investir na reconstrução.Muito dinheiro dessa reconstrução vai para o bolso de gente sem escrúpulos, para construtores, para empresários que aproveitam a situação para ter acesso ao dinheiro público, etc.As grandes tragédias e catástrofes, tal como as guerras, podem ser assim financiadoras do capital ligado a determinados setores.
Quem sofre com essas tragédias?Os mais fracos!As vítimas!Há que desmontar este capitalismo do desastre, o oportunismo político de utilizar o desastre para conquistar o poder!
Mais do que nunca é hoje necessária uma alternativa de esquerda progressista que defenda os mais fracos, combata a desertificação e promova a coesão territorial e social.Que consolide um Estado que invista nos serviços públicos de qualidade , na formação e educação.Uma alternativa que vá mais longe, que não seja um mero acordo para afastar a direita da austeridade e do desastre!
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