A 12 e 13 de novembro de 2015 participei na Hungria num seminário
internacional sobre segurança e saúde no trabalho, em particular os fatores de risco psicossocial, promovido pelo
sindicato MOSZ e com o apoio do EZA e da Comissão Europeia. Das conclusões do
relatório que elaborei saliento os seguintes pontos :
· «O stresse, bem como outros riscos psicossociais, afetam a
saúde de um grande número de trabalhadores, a produtividade das empresas e a
economia dos países;
·
Existe na União Europeia um quadro legislativo mínimo que
pode sustentar uma ação de prevenção, nomeadamente a «Diretiva Quadro»
89/391/CE sobre segurança e saúde dos trabalhadores e o «Acordo Quadro» europeu
sobre o stresse;
·
As empresas, em particular as PME, consideram que a
prevenção custa dinheiro. Mostrar que existe um retorno também não é fácil. Há
que trabalhar mais para demonstrar claramente que o investimento na saúde no
trabalho é um custo com retorno, ou seja ,mais do que um custo é um
investimento;
·
Existem dificuldades dos médicos em reconhecer e
diagnosticar as doenças do trabalho, em particular as doenças mentais;
·
Na maioria dos países os serviços médicos/SST são
externos, não conhecem os trabalhadores e os respetivos riscos dos locais de
trabalho;
·
A promoção da segurança e saúde no trabalho exige um
triângulo competente: trabalhadores-empresas-peritos.
·
É importante que todos os países tenham legislação
adequada sobre acidentes de trabalho, nomeadamente prevendo sanções,
indemnizações e reparações, bem como listas de doenças profissionais que
incluam o stresse e outros riscos emergentes.
·
Necessidade de em cada país, e a nível europeu, existirem
estatísticas credíveis sobre acidentes de trabalho e doenças profissionais.
·
A promoção da segurança e saúde no
trabalho tem uma dimensão cultural, muito relacionada com a aquisição de
comportamentos ao longo da vida. Exige que se promovam ações a partir das
escolas e de sensibilização da sociedade em geral.
·
Os sindicatos devem promover a participação dos
trabalhadores e adquirir competências nestas matérias. O maior problema
coloca-se, no entanto, nas pequenas e médias empresas onde quase não existe
organização sindical.
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