segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

OS HOMENS TÊM PESO EXCESSIVO NAS ORGANIZAÇÕES DE TRABALHADORES!


No Relatório de 2013 da CITE sobre Progresso da Igualdade entre homens e mulheres no trabalho encontramos uma informação pertinente sobra a participação das mulheres nas organizações de trabalhadores, concretamente nos sindicatos, comissões de trabalhadores e representantes destes no domínio da segurança e saúde no trabalho (SST). Enquanto em algumas instituições como as inspeções as mulheres entraram em força no limiar do século XXI o mesmo não acontece com as organizações de trabalhadores onde ainda existe um forte desequilíbrio de género e as mulheres tardam em assumir uma maior participação, pelo menos numa percentagem aproximada ou igual à dos homens. Nos sindicatos, e no ano de 2012, as percentagens eram de 62% e as mulheres de 38%.Nas Federações sindicais a desproporção aumentava com 77% para os homens e 23 % para as mulheres. Em 2012 foi publicada a composição de 65 comissões de trabalhadores e 10 subcomissões de trabalhadores evidenciando-se uma larga hegemonia dos homens nestes órgãos. Assim a percentagem de membros eleitos masculinos foi de 81% e a das mulheres de 19% apenas.
Quanto à eleição dos representantes dos trabalhadores para a segurança e saúde dos trabalhadores a situação é parecida. Os eleitos masculinos desde 2005 que andam pelos 70%, e até num ano ultrapassam esta percentagem, ao passo que a das mulheres nunca ultrapassou os 30%. Temos aqui um bom desafio para os sociólogos, isto é, saber o que se passa. Porque será que as mulheres tardam em assumir funções nas organizações de trabalhadores. O controlo masculino é muito forte? Porque são espaços de confronto social? Pelo discurso que estas organizações produzem?

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