sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

A GESTÃO ATUAL É ANTI SINDICAL?

A gestão atual é, mesmo nas suas formas mais benignas, anti sindical! A maioria dos gestores gere as pessoas como recursos ou mão -de -obra, enfim, como fatores de produção! É assim que ensinam na maioria das escolas e é esta a filosofia dos gestores na sua generalidade. Em geral quando os acionistas querem uma redução de custos ou aumento dos dividendos pedem aos gestores que tomem medidas de gestão. Os gestores, quase sempre, lançam mão dos despedimentos, ou seja, em dispensar ou substituir pessoal. Claro que os sindicatos opõem-se a estes objetivos!
Nos dias de hoje algumas formas de gestão são altamente predadoras e conduzem, para além dos despedimentos, ao stresse e «bournout» dos trabalhadores. São utilizados conceitos como «qualidade», «performance», «gestão por objetivos», «avaliação por mérito» «competitividade» e muitos outros! Utilizam-se critérios de recrutamento e de avaliação como «resistência á pressão e ao stresse»! O trabalhador é convidado a ser um soldado de uma guerra sem limites ou deve dar a vida pela empresa se for necessário! O horário de trabalho é relativizado, a família a gravidez e as crianças são considerados empecilhos neste combate glorificado pela gestão. Gestão que se tornou assim numa ideologia ao serviço da máxima rentabilidade, do aumento dos lucros da competitividade sem limites e sem humanidade!
Naturalmente que esta gestão é inimiga da família , das pessoas e dos sindicatos! Estes são outro obstáculo à manipulação dos cérebros dos trabalhadores e impedem a entrega absoluta á causa de desumanização da empresa. Mais do que nunca a sociedade, as empresas e os trabalhadores precisam de um sindicalismo renovado, capaz de organizar todos os trabalhadores para além dos partidos, não corporativo e defensor intransigente dos direitos de todos os trabalhadores!
Urge desenvolver uma outra filosofia de gestão que considere o trabalhador e o coletivo de trabalhadores como essenciais ao futuro da empresa!Esta também pertence aos trabalhadores!A gestão não deve considerar o poder sindical como um poder concorrente!

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