Criar uma cultura de segurança e saúde nas sociedades é dos grandes objetivos das últimas décadas traçado aliás pela OIT e assumido pela União Europeia nos programas e quadros estratégicos plurianuais. Neste sentido se inscreve a preocupação de introduzir a sensibilização para estas matérias nos curricula escolares, em particular nas escolas profissionais que, desde a década de oitenta, alguns organismos públicos, nomeadamente de início a Direção Geral de Higiene e Segurança no Trabalho, mais tarde o IDICT, o ISHST e agora a ACT procuraram efetivar! No longo percurso desta causa podemos lembrar o primeiro encontro nacional sobre esta matéria no LNEC, na década de oitenta, e, mais tarde, o PNESST um programa específico do IDICT para desenvolver a sensibilização da comunidade educativa e gradualmente introduzir matérias de SST nos estudos dos alunos. Nunca se fez um balanço global crítico do PNESST mas temos algumas informações que apontam para uma iniciativa inédita em Portugal que teve um sucesso assinalável e que morreu ingloriamente na praia! Mais tarde esta iniciativa veio a renascer na ACT, através da Campanha «Crescer em Segurança» e que em 2013 e este ano procura sensibilizar professores e alunos para as matérias de SST.O que mais espanta é que iniciativas interessantes morrem sem nunca serem devidamente avaliadas criticamente, renascendo posteriormente como fossem coisas novas, sem aproveitarmos a experiencia adquirida, os investimentos efetuados num esbanjamento inaceitável para um país de poucos recursos! A própria ACT, que vai agora, no próximo dia 2 de outubro relançar esta Campanha com um seminário de abertura no Parque das Nações, deveria refletir e assumir este património, integrando-o historicamente e aproveitando a experiencia acumulada para se realizarem iniciativas com qualidade! Iniciativas que não sejam meros fogachos, mas sim ações inseridas numa perspetiva mais ampla devidamente contemplada e objetivada na nova estratégia nacional de 2015-20120
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