quinta-feira, 29 de novembro de 2012

VIOLENCIA SOBRE OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE!

O último relatório do Observatório Nacional da Violência contra os Profissionais de Saúde, divulgado ontem pela Direção-Geral da Saúde, revela que o ano de 2011 (154), à semelhança do de 2009 (174), apresenta um pico de episódios de violência, em alternância com os anos de 2008 e de 2010 (69 e 79, respetivamente).  
De acordo com o relatório europeu de violência no trabalho, esta afeta 5% a 20% dos trabalhadores europeus, verificando-se, ainda, pouco reconhecimento do problema da violência no local do trabalho (Milczarek, 2010).

Em Portugal, estudos de caso realizados demonstraram que num hospital distrital português (AGO, 2001), 37% dos profissionais de saúde sofreram pelo menos um episódio de violência nos 12 meses anteriores ao estudo. Num estudo no âmbito de um centro de saúde, em dois momentos diferentes, esta prevalência situou-se entre os 60% (AGO, 2001) e os 49% (AGO, 2004), alcançando os 78% num centro de atendimento em saúde mental comunitária (AGO, 2001). Nestes estudos portugueses, o problema registou-se em ambos os sexos, todos os grupos profissionais e serviços, constatando-se por ordem decrescente de frequência os seguintes tipos de violência: agressão verbal; pressão moral; violência contra a propriedade; discriminação; violência física e assédio sexual. Relativamente aos agressores, estes podem ser os próprios doentes, os seus familiares ou um colega de trabalho. Ver Relatório mais recente da Direção Geral de Saúde

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