sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A RETÓRICA SOBRE A POBREZA!

Estamos em 2010-O Ano Europeu sobre a pobreza!Começaram os discursos mal intencionados sobre o "flagelo", bem como os colóquios, seminários sobre tão importante tema!Todas as instituições que se prezem irão falar do assunto desde a União Europeia até ao Governo, igrejas, partidos etc.
Existem, inclusive, sites para darmos a nossa opinião sobre tão magno problema!Aí, os que têm internet, podemos dar opinião, vociferar, criticar, dizer mal do Governo.De forma verdadeiramente despudorada existem até sites do Estado onde solicitam, sim, solicitam que as pessoas partilhem experiencias de pobreza!Como tal experiência seja comparável á que se teve numa ida à Patagónia,a Chicago ou outra interessante aventura!

É impressionante como ao mesmo tempo que se produz toda esta cínica retórica se decide sem negociação que os funcionários públicos não são aumentados, sim, mesmo aquela grande percentagem que não chega aos 600 euros, ficando muitos pelos quinhentos e tal!

Enquanto foi preciso um murro na mesa paara que se aceitasse o último aumento miserável do salário mínimo, dado que alguns já estavam a ver uma crise nas empresas com tamanho aumento que não chegava a 1 euro por dia!

E agora no sector privado a maioria dos patrões vão dizer que não havendo aumentos no Estado também não podem ter lugar no sector privado!

E então, os estudos não nos dizem que uma grande parte da nossa pobreza está relacionada com os salários baixos?

A este propósito a LOC/MTC (Trabalhadores Católicos) realiza estes dias, em Guimarães, um Seminário Internacional sobre esta questão, ou seja sobre a pobreza de muitos trabalhadores portugueses!Uma boa iniciativa para pôr o dedo na ferida e falar para dentro da Igreja Católica muito sensível ao apoio de emergência (ainda bem) mas pouco sensível às reivindicações dos trabalhadores e á distribuição efectiva da riqueza!

Vamos continuar com esta retórica?A pobreza está bem estudada!São necessárias medidas políticas de distribuição da riqueza.

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