Alguns economistas portugueses e até o FMI e o
BCE reconhecem que em Portugal os salários não
subiram e os aumentos realizados não compensaram as perdas salariais ocorridas no tempo da crise com
as medidas impostas pela Troika.Há quem faça contas e afirme que mais de 6 mil
milhões de euros foram retirados ao trabalho numa das maiores desvalorizações
salariais de que há memória no nosso País aumentando as desigualdades sociais.
Foi
o que se passou na Função Pública onde apenas se recuperaram parte das perdas
salariais que foram de cerca de 12% em média.Segundo alguns economistas a
recuperação salarial tem sido a mais lenta entre os países intervencionados
pelas instituições europeia e pelo FMI.Assim a par da estagnação das carreiras
e dos cortes salariais não hove aumentos salariais durante uma década, caso o
Estado em 2019 venha a dar algum aumento significativo.
A posição de todos os sindicatos do sector é a
de que em 2019 o Estado deve aumentar os trabalhadores.O Sindicato dos Quadros
Técnicos reivindica 3% , a Frente Comum/CGTP 4% com um mínimo de 50 euros por
trabalhador e a FESAP/UGT 3,5%.Os números poderão ser base de negociação mas o
governo não pode fugir a um aumento significativo.Caso contrário teremos certamente
uma greve geral conjunta antes do Natal.
Os trabalhadores não estão a pedir nada do
outro mundo.Até agora têm perdido dinheiro e o seu poder de compra ainda não
atingiu o que tinham em 2009.A degradação dos serviços públicos é também e
essencialmente uma degradação das condições de trabalho dos trabalhadores do
Estado.
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