A vitória de Donald Trump nas eleições americanas têm sido comentadas sobejamente em todo o mundo e
desde que começou a governar multiplicaram-se as manifestações em quase todos os continentes. 0 novo presidente americano pretende gerir o país como gere o seu grupo económico.Quem não obedece é despedido pura e simplesmente
.Ora, o que efetivamente existe e se pratica no mundo empresarial, em particular na América, não é uma democracia!É o «BOSS» que manda e os outros obedecem....salvo se existir um forte sindicato na empresa.Explica-se assim o ódio de Donald à imprensa, um poder intermediário que pretende questionar e condicionar as diretivas dos governantes.Um poder considerado fundamental nas democracias liberais.Esta governança do presidente americano aplicada ao governo de um país pode ser considerado um fascismo empresarial.
Todavia, há um aspeto estranho nesta política.É o silencio dos sindicatos americanos e até dos europeus!Claro que Donald ainda não atacou os sindicatos.Hoje os sindicatos são organizações com menos poder do que outrora e, por outro, segundo alguns analistas, uma parte da classe trabalhadora branca americana está solidária com algumas ideias do novo presidente!O ataque aos trabalhadores imigrantes tem bastante eco em algumas camadas populares que perderam com os efeitos da globalização, nomeadamente os afetados pelo desemprego!O mesmo acontece em França onde Marine Le Pen tem o arrojo de aplicar, caso seja eleita, um imposto sobre os trabalhadores imigrantes!
Assim as organizações sindicais estão com um grosso problema. 0s dirigentes sindicais não estarão com o novo presidente americano mas sabem que segmentos importantes das suas bases comungam com algumas das ideias do trumpismo e até votaram nele!Ora, a idelogia de Donald pretende afirmar que não precisa da classe política nem das elites sociais e culturais para governar.Sugere até que muitas destas elites estão coniventes com o inimigo!Em breve dirá que os tribunais são um impecilho, bem como os outros contra -poderes.Mais perigoso do que isto não vejo!
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