Criar emprego é um bem ou um mal?Hoje em dia temos a perceção de que uma boa política económica é aquela que dispensa trabalhadores.Assim temos quase um consenso entre esquerda e direita nesta matéria.Se pudermos fazer mais com menos trabalhadores temos uma boa gestão!As forças de esquerda são contra os despedimentos e lutam por mais pessoal em alguns setores do Estado, nomeadamente na educação e na saúde.Mas fazem-no sob intensa pressão da direita e das instituições internacionais, nomeadamente de Bruxelas.Por outro lado, algumas instituições internacioanais falam, com alguma hipocrisia, na necessidade de diminuir o desemprego e na urgência em criar emprego para os jovens.
Agora a questão é esta:querem criar emprego ou não querem?Na filosofia económica dominante, neo-liberal, o ideal é um Estado privatizado em outsourcing, pois consideram que os trabalhadores rendem mais em situações precárias e mal pagos, esperando que a robotização acabe por susbtituir a maioria deles.Uma boa reserva de desempregados até ajuda na gestão dita racional e desvaloriza os salários, criando a concorrência entre os trabalhadores.
Todavia este modelo está em esgotamento porque é irracional e anti humano.É a tal economia que mata!Criar emprego terá que ser uma das prioridades da política económica e do investimento público.Criar emprego deve ser um objetivo nobre e essencial de uma sociedade do futuro e com futuro.As alternativas são colocar uma parte dos trabalhadores numa situação de subsídio de sobrevivência ou abandoná-los à pobreza e à miséria com consequências fatais para as sociedades!
No entanto, criar emprego efetivo significa trabalhar menos pelo mesmo salário, distribuindo assim melhor os lucros das empresas, significa diminuir a idade da reforma para quem o queira fazer, alargar o tempo de lazer, nomeadamente os dias de férias!Ou seja, tudo o que os atuais patrões e os seus ideólogos não querem fazer.Deste embate, que está a ser duro,alguma luz virá!
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