No dia
12 de janeiro a ACT promove um seminário sobre as chamadas agências privadas de
colocação. O evento será realizado com os parceiros interessados nomeadamente a
Associação das respetivas entidades interessadas no negócio, o Sindicato do Comércio (CESP) e a federação dos serviços (FETESE).
O objetivo do evento para
algumas pessoas, nomeadamente para a ACT, é debater o problema para que a implementação
destas agências se faça de forma legal e com regras de licenciamento e
funcionamento. Para outros o que os move será colocar o tema na ordem do dia e
dar-lhes publicidade! É que, tal como as empresas de trabalho temporário,
estará aqui um bom negócio para os interesses privados, ou seja, fazer do
desemprego um negócio e do desempregado uma mercadoria!O discurso não será este óbviamente!O discurso é o da parceria, da complementariedade...enfim só falta dizer da caridade!
Se,
porventura, estas agências de colocação viessem colmatar uma lacuna social e
económica existente no país seria compreensível. Porém, estas entidades têm
como missão fazer o que o IEFP, uma entidade pública, tem feito desde a sua
existência de décadas! Logo, a sua missão é ir esvaziando uma das vertentes do
IEFP, a colocação de desempregados no chamado «mercado de trabalho», aniquilando
paulatinamente uma entidade pública e colocando em risco o emprego de centenas
de técnicos. Utilizando a parceria com o
IEFP irão parasitar esta entidade ao nível de
conhecimentos, ficheiros e saberes.
Creio
que qualquer pessoa que não esteja envolvida neste negócio reconhecerá que
estas agências não são necessárias se o IEFP cumprir cabalmente a sua missão! Só
que o cavalo de troia já está há muito no próprio IEFP através de pessoas que os diversos governos aí colocaram nos últimos tempos…Pouco a
pouco os interesses subjacentes a estas agências vão ganhando terreno. Os trabalhadores
desempregados, para além da sua desgraça, ainda alimentam interesses privados. O
capitalismo de hoje mercantiliza tudo, tudo torna em negócio!É o empreendorismo! Desmascarar estes
negócios é a primeira etapa do combate contra a exploração da pessoa!
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