Parece que em todas crises aumenta o banditismo social. Banditismo das classes ricas e das classes pobres. O banditismo das classes ricas é falado nos media, escandaliza, vende jornais, vai para os tribunais. Em muitos casos, por sábia ação de advogados pagos a peso de ouro, tudo fica em «águas de bacalhau», que é o mesmo que dizer não deu em nada! Alguns dos casos prescrevem como recentemente aconteceu com um banqueiro!
O povo fica revoltado, Alguns políticos choram lágrimas de crocodilo e tudo passa até ao próximo episódio. Não faltam, porém, portugueses que olham para estes bandidos ricos com admiração. Com o banditismo social dos pobres existem algumas radicais diferenças.
Em primeiro lugar os atos envolvem pequenos roubos, sendo os mais arrojados e frequentes os assaltos a caixas multibancos, supermercados, vivendas, ourivesarias….Todavia, estes atos, mesmo que pouco violentos são punidos com rara severidade! A justiça é mais rápida e as forças policiais atuam, por vezes, com violência abrindo fogo a matar! Não faltam também aqui portugueses severos para com estes pequenos «bandidos», alguns dos quais são claramente amadores.
Não conheço estudos sociológicos sobre esta matéria para além de trabalhos relativos ao banditismo rural no Alentejo e no Brasil. Mas determinadas formas de banditismo são consideradas formas de resistência e descontentamento populares ao enriquecimento excessivo dos ricos e tributação exagerada do Estado, bem como a poderes oligárquicos. Podemos, efetivamente, constatar que esta crise, claramente inerente e imposta pelo capitalismo, trouxe grandes oportunidades para os grandes bandidos das classes altas e uma pressão enorme para as classes populares.
A crise do Estado e a penetração deste pelos representantes dos bancos e grandes empresas criou fragilidades nas administrações, na regulação e inspeções favoráveis ao compadrio e á grande corrupção. Por outro lado, a crise empobreceu as classes trabalhadoras e lançou milhões para o desemprego. Desta situação emerge naturalmente uma franja que fica sem qualquer saída, não se organiza e age por conta própria! É uma franja da população explorada, excluída e empurrada para ações de desespero. Alguns vivem em bairros decadentes e marcados socialmente. Sofrem rusgas da polícia de intervenção que são autênticos assaltos militares, são desalojados ou cortam-lhe a água e a luz.
A sociedade burguesa, pretensamente da ordem e do direito, é extremamente rigorosa com esta gente que pratica o banditismo menor e tolerante com os grandes gangsters, alguns dos quais contribuíram para a ruina do nosso país!
O povo fica revoltado, Alguns políticos choram lágrimas de crocodilo e tudo passa até ao próximo episódio. Não faltam, porém, portugueses que olham para estes bandidos ricos com admiração. Com o banditismo social dos pobres existem algumas radicais diferenças.
Em primeiro lugar os atos envolvem pequenos roubos, sendo os mais arrojados e frequentes os assaltos a caixas multibancos, supermercados, vivendas, ourivesarias….Todavia, estes atos, mesmo que pouco violentos são punidos com rara severidade! A justiça é mais rápida e as forças policiais atuam, por vezes, com violência abrindo fogo a matar! Não faltam também aqui portugueses severos para com estes pequenos «bandidos», alguns dos quais são claramente amadores.
Não conheço estudos sociológicos sobre esta matéria para além de trabalhos relativos ao banditismo rural no Alentejo e no Brasil. Mas determinadas formas de banditismo são consideradas formas de resistência e descontentamento populares ao enriquecimento excessivo dos ricos e tributação exagerada do Estado, bem como a poderes oligárquicos. Podemos, efetivamente, constatar que esta crise, claramente inerente e imposta pelo capitalismo, trouxe grandes oportunidades para os grandes bandidos das classes altas e uma pressão enorme para as classes populares.
A crise do Estado e a penetração deste pelos representantes dos bancos e grandes empresas criou fragilidades nas administrações, na regulação e inspeções favoráveis ao compadrio e á grande corrupção. Por outro lado, a crise empobreceu as classes trabalhadoras e lançou milhões para o desemprego. Desta situação emerge naturalmente uma franja que fica sem qualquer saída, não se organiza e age por conta própria! É uma franja da população explorada, excluída e empurrada para ações de desespero. Alguns vivem em bairros decadentes e marcados socialmente. Sofrem rusgas da polícia de intervenção que são autênticos assaltos militares, são desalojados ou cortam-lhe a água e a luz.
A sociedade burguesa, pretensamente da ordem e do direito, é extremamente rigorosa com esta gente que pratica o banditismo menor e tolerante com os grandes gangsters, alguns dos quais contribuíram para a ruina do nosso país!
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