terça-feira, 23 de outubro de 2012

GREVE GERAL !

A CGTP está marcar pontos em termos sindicais e políticos! Depois de boas manifestações sindicais apontou uma Greve Geral para 14 de Novembro! Esta proposta já era esperada após o conhecimento das novas e brutais medidas de austeridade para 2013 a incluir no respetivo orçamento!

Perante esta iniciativa da CGTP a UGT não soube reagir á altura acusando a primeira de «sectária e divisionista». Resta agora que alguns sindicatos da UGT, nomeadamente na Função Pública, marquem também greve nesse dia como, aliás, alguns já o deram a entender! Será que a UGT vai continuar a arrastar penosamente um acordo várias vezes espezinhado pelo governo? São muitos os que se interrogam sobre o comportamento desta Central! A última Greve Geral conjunta não correu bem? Mas se fosse levada a cabo uma avaliação independente a UGT não estaria isenta de culpas.

Numa importante e concertada ofensiva internacional, consegue-se que as principais centrais sindicais espanholas (UGT, Comissiones e USO) marquem também uma Greve Geral para 14 de Novembro. Uma iniciativa inédita que vem dar força á greve portuguesa e levar mais longe o eco das lutas na Península Ibérica! Como ainda não bastasse, e para gaudio da delegação portuguesa da CGTP, a Confederação Europeia de Sindicatos (CES), na reunião do seu Executivo de 17 de outubro marca para esse mesmo dia uma Jornada de Luta para toda a Europa! O que vai acontecer no dia 14 de Novembro poderá ser o embrião de uma futura Greve Geral Europeia!

Por outro lado, a CGTP tem evoluído no relacionamento com os movimentos sociais e associações de trabalhadores que não têm caráter sindical como os trabalhadores precários e os organizadores das manifestações autónomas que tiveram a maior expressão no 15 de Setembro. Como articular as ações de rua de forma coordenada mantendo a expressão autónoma, mas convergente, na contestação das políticas de austeridade e de destruição do Estado Social? Os movimentos sociais exprimem aspirações e expressões próprias. Os sindicatos, por sua vez, também têm uma história, organização e estratégia próprias! Existe espaço para todos! Todos somos necessários!

O combate que se leva a cabo neste momento é histórico  exige o máximo de convergência para mudar a relação de forças sociais, impedir que o capitalismo financeiro destrua as nossas sociedades democráticas e aquilo que gerações inteiras levaram a construir com trabalho, suor e lágrimas!

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