sábado, 12 de novembro de 2011

GREVE GERAL EUROPEIA?

Há muitos trabalhadores que hoje se interrogam se não seria altura para se fazer uma greve geral europeia.Altura seria,pois nunca tivemos no pós-guerra uma ofensiva de tal envergadura contra os direitos fundamentais dos trabalhadores.

Esta ofensiva é, aliás, transversal, pois afecta mais ou menos todos os paises e todos os trabalhadores europeus. Porém, ela não se convoca porque, infelizmente, a este nível as questões estão muito pouco maduras no interior das organizações sindicais europeias.

No último congresso da Confederação Europeia de Sindicatos o ano passado a questão é abordada e obviamente pensada por muita gente no interior dos sindicatos.No documento de acção final pode ler-se:« para criar uma correlação de forças favorável é necessário proporcionar formas de acção que partam dos locais de trabalho, incorporando no nosso debate o conceito de «greve geral europeia», sua viabilidade e possíveis formas.Lutamos para que o conceito de «greve transnacional» se incorpore no direito europeu.»

 Portanto a CES está á espera de debater o conceito e de que o mesmo venha a ser reconhecido no direito europeu!Bem pode esperar sentada!Imaginem que no passado os sindicatos estavam á espera que  o direito a oitos horas de trabalho e outras conquistas fossem reconhecidas pelo direito de cada país!

O problema é complexo e mostra que nesta ofensiva os sindicatos europeus estão em parte manietados!Uma parte dos dirigentes da CES desconfiam dela própria!Ainda há pouco li um artigo de um dirigente sindical da Função Pública portuguesa em que considerava a CES e a CSI uma criação do grande capital.
Por outro lado vários sindicalistas da CES de países do Leste consideram que dentro da Confederação Europeia estão  comunistas, o seu anterior inimigo!Por outro lado há dirigentes da CES que estão instalados e fazem do sindicalismo uma carreira profissional.São profissionais de uma instituição europeia e como tal são burocratas e legalistas....O castelo está sitiado e ainda debatem a legalidade de pegarem na espada!

Uma grande parte das organizações sindicais continuam assim com dificuldade em dar passos significativos para um novo patamar a que nos obriga a realidade presente!São muitos os sindicalistas que têm essa consciência!Outros continuam a fazer congressos, seminários e viagens;a fazer congressos e disputas que são mais partidárias (poder) do que sindicais!
Mas o que está verdadeiramente na mesa é o que já os primeiros animadores do movimento operário pediam, ou seja a unidade de todos os trabalhadores para além dos países tal como faz,aliás, o capital financeiro.

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