«Filho do anarquismo, o sindicalismo revolucionário é no fundo o corolário lógico da acção levada a cabo pelos anarquistas nos finais do século XIX.Na realidade, a partir de 1893 os anarquistas, a quem, as «leis celeradas» francesas tornaram a propaganda difícil entram nos sindicatos;querem agir aí a favor das ideias libertárias;mas são eles próprios transformados pela acção sindical.Pouco a pouco, a prática sindical e a ideologia anarquista agem uma sobre a outra, levando à elaboração duma nova concepção: o sindicalismo revolucionário.
O sindicalismo revolucionário impôs-se definitivamente depois do congresso da CGT francesa em 1906 em Amiens que aprovou a célebre Carta de Amiens, a «Carta Magna» do sindicalismo...
O sindicalismo revolucionário começa a ser divulgado em Portugal a partir de 1907.Nesse ano Emílio Costa um dos mais anarquistas portugueses inicia a publicação do semanário A Conquista do Pão, título de uma das mais célebres obras de Kropotkine verdadeiro evangelho do anarquismo.
Mas em breve a prática social acabou por tornar o sindicalismo revolucionário uma realidade distinta do anarquismo capaz de atrair militantes operários sem ideologia precisa e até socialistas revolucionários confessos.»
F. Canais Rocha in « Contributos para a história do movimento operário e sindical-das raízes até 1977»,edição da CGTP
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