sexta-feira, 6 de março de 2009

TRABALHO NA GALIZA: nos últimos cinco anos morreram 36 trabalhadores!


Nos últimos cinco anos morreram na Galiza 36 operários portugueses, nas estradas e nas obras", revela Albano Ribeiro, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção do Norte, explicando que os "trabalhos com um nível maior de perigosidade são deixados para os nossos compatriotas".
Desde Julho de 2008 há registo da morte de, pelo menos, cinco emigrantes na Galiza - de um rapaz de 27 anos que ficou debaixo de um elevador numa obra em Betanzos, ao caso de um homem esmagado por um veículo quando estava a trabalhar na construção da auto-estrada que liga Ferrol a Vilalba.

"O expoente máximo da exploração foi o caso de um operário que morreu na sequência de uma queda de mais de 20 metros. Meteram o corpo numa carrinha e vieram trazê-lo a Portugal", diz Albano Ribeiro.De acordo com o sindicalista, o grau de exigência em termos de segurança é "muito menor" em Espanha do que em Portugal. "Já fiz vários périplos pela Galiza e sei bem do que estou a falar", garante Albano Ribeiro, apontando os horários de trabalho excessivamente longos e uma alimentação "nem sempre compatível com o esforço físico exigido" como outras causas para a elevada sinistralidade laboral."

Um operário português chega a trabalhar na Galiza mais de 10 ou 11 horas por dia para receber um salário de mil euros, enquanto um espanhol leva para casa 1200 euros por 8 horas de trabalho", conclui.

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