terça-feira, 1 de julho de 2008

BEM ESTAR NO TRABALHO E CONFLITO SOCIAL!



As preocupações políticas com o sucesso das empresas e a competitividade económica é hoje uma questão que de certo modo serve de “ângulo de análise” a muito boa gente nas análises que realizam em diversos forum, artigos de opinião e debates mais ou menos públicos! Tudo é medido tendo em conta esta questão ou questões como a produtividade e a competitividade. Na sua opinião tudo o que facilitar a vida económica das empresas é saudável! A prazo teremos mais riqueza, mais emprego! É aceitável esta preocupação e até obviamente legítima!
Mas se este ponto de vista é legítimo não deixa de ser um ponto de vista! Não é a verdade toda, muito longe disso! É absolutamente necessário afirmar outros pontos de vista que questionem aquele!

Existe assim uma outra perspectiva absolutamente defensável tanto sob ponto de vista ético como económico e que diz que em primeiro lugar estão os direitos e a dignidade de quem trabalha e que o investimento e o trabalho estão para criar mais bem estar social para novos e velhos e não para uma acumulação desenfreada da riqueza nas mãos de uma pequena percentagem de pessoas a nível mundial e nacional!
Esta perspectiva legítima deve afirmar-se e deve ser afirmada sem qualquer pudor pelas organizações de trabalhadores. Esta afirmação clara é condição de democracia, de pluralismo de progresso social!

Claro que em determinados momentos agudiza-se o conflito sendo necessário negociar e compatibilizar interesses divergentes. É o caso do sistema de contratação colectiva que, no fundo, é uma negociação permanente entre sindicatos e patrões. Mas o conflito é natural às nossa sociedades e deve ser gerido para que seja elemento de progresso e não de destruição mútua!A historia das relações laborais na Europa demonstram que foi graças ao conflito entre capital e trabalho num quadro democrático que permitiu a distribuição de riqueza e níveis de bem estar elevados para uma larga maioria.

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