Ao nível da produção a economia capitalista,
em particular em alguns setores da indústria, vai automatizando o máximo das
operações, evitando assim alguns riscos tradicionais do trabalho.
Mas o mesmo movimento de automatização é acompanhado por um outro que é a subcontratação de aspetos importantes como a manutenção e as limpezas onde efetivamente existem mais e maiores riscos profissionais.
Mas o mesmo movimento de automatização é acompanhado por um outro que é a subcontratação de aspetos importantes como a manutenção e as limpezas onde efetivamente existem mais e maiores riscos profissionais.
Assim a grande indústria, dominada pelas
multinacionais, ao subcontratarem as operações com maior risco acabam por
subcontratar os riscos. Todavia, ao esmagarem os preços nos contratos que fazem
para as operações de limpeza e manutenção contribuem de forma objetiva para a
degradação das condições de trabalho das empresas subcontratadas.Na grande agricultura existe o mesmo fenómeno.As explorações agrícolas contratam empreiteiros que, por sua vez, contratam trabalhadores, muitos deles imigrantes, em condições de trabalho deploráveis!Nesta operação as grandes empresas agrícolas subcontratam igualmente os riscos profissionais!
Em resumo, e ao contrário do que se afirma
em muitos colóquios acríticos, as estratégias do grande capital em relação á
segurança e saúde no trabalho não passa por um maior investimento para aumentar
o bem -estar dos trabalhadores! No fundo a estratégia passa por automatizar e
diminuir o número de trabalhadores, subcontratando o mais possível para
externalizar os riscos para as subcontratadas!
Neste campo, e em particular na construção
civil e agricultura, é importante melhorar a legislação para responsabilizar de forma mais
rigorosa as empresas que são «dono de obra» melhorando e reforçando as coimas e a responsabilização
de todos os intervenientes.
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