«O presente estudo evidência através das estatísticas de óbitos ocorridos à escala mundial que exposição ao amianto provoca doenças graves, com consequências mortais. Demonstra também que o consumo de amianto pelo setor da construção e engenharia civil e a consequente exposição laboral, têm repercussões graves, tanto ao nível da saúde ocupacional como pública.Dos dados estatísticos relativos ao período entre 1930 e 2007, referentes ao consumo de amianto, constata-se que até 1980 existiu um consumo progressivamente crescente ao nível mundial, e após este o consumo teve uma tendência decrescente, com queda abrupta no período após 1990.
As causas prováveis desta variação devem-se ao aparecimento de diversos estudos que associavam o amianto a graves doenças, que culminou na proibição da sua utilização nos processos e produtos da CEC, pela maioria dos países da UE e EUA. Como Portugal também é membro da UE, está dependente do cumprimento e transposição para direito interno das diretivas europeias, pelo que seguiu uma linha muito similar ao do mercado europeu.
No que se refere aos dados da mortalidade provocada pelo amianto, em Portugal (assim como na maior parte dos países da EU a 27) devido á escassez de informação disponível o estudo torna-se inconclusivo sobre esta matéria. Já no que concerne aos EUA e Reino Unido verifica-se que a linha de tendência do número de mortes, seja por contribuição direta ou indireta da mesotelioma e da asbestose, cresce para valores significativos, que são inversamente proporcionais ao consumo do amianto. Este factodeve-se provavelmente ao efeito entre a exposição inicial e o óbito que pode durar décadas.»Ver artigo
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