«O Primeiro de Maio de 1919 é celebrado em Lisboa com o maior comício que a organização operáriajá realizara alguma vez, reunindo-se no Parque Eduardo VII cerca de 30 mil operários que exigem o dia de oito horas e a «gradual e progressiva socialização da terra e da industria».
Esta movimentação e a mobilização existentes fazem que o movimento operário consiga uma série de importantes conquistas em 1919.A mais importante é a do regime de oito horas de trabalho, obtida em Maio de 1919 ,mas a essa há a acrescentar o seguro obrigatório e uma mais favorável lei do inquilinato,etc...
O primeiro conflito de grande envergadura surge rapidamente logo em Junho desse ano quando se declara uma nova greve nas fábricas de Alfredo da Silva.Este declara preferir fechar as fábricas para sempre a aceder às reclamações dos grevistas e conta com o apoio incondicional da organização patronal que ameaça com o lock-out generalizado tal como já se tinha oposto ao cumprimento das oito horas.O governo pede autorização para tomar medidas de precaução militar,enquanto a greve alastra a todo o Barreiro e se ameaça com a greve geral.
Quando finalmente um comício operário declara a greve geral de 48 horas o governo assalta e encerra a UON(central sindical) e a Batalha (jornal anarquista) prendendo os seus dirigentes e a redacção do jornal...
Todo este trabalho culmina com o 2º Congresso Operário Nacional, realizado em 13 de Setembro de 1919 em Coimbra, do qual sai a CGT portuguesa substituindo a UON que assim terminava a sua pequena mas atribulada vida.»
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