terça-feira, 20 de março de 2018

OS JOVENS,A PRECARIEDADE E O CAPITALISMO!

Dizem alguns sociólogos que a precariedade é estrutural ao actual capitalismo como foi no século
XIX e parte do século XX..Ou seja,para maximizar os seus lucros e ganhar competitividade o capitalismo europeu e mundial voltou à gestão flexível e de alta exploração dos trabalhadores.
É neste quadro que as organizações económicas internacionais desde a OCDE, Banco Mundial e FMI, passando pela própria Comissão Europeia defendem as chamadas «reformas do mercado laboral».Reformas, dizem eles, para facilitar a empregabilidade e o crescimenmto económico.
Nas «reformas laborais» estão como bem sabemos, facilitar o despedimento individual e flexibilizar ainda mais os horários de trabalho, as funções e a mobilidade geográfica, para além do embaratecimento do trabalho extraordinário e o vínculo laboral.
Temos assim que as gerações mais jovens de trabalhadores quase totalmente precarizadas,desempregadas ou «subutizadas».Temos pessoas com mais de 40 anos de trabalho penalizadas em caso de reforma e jovens trintões que ainda não fizeram qualquer desconto para a segurança social porque nunca tiveram um emprego digno.
Será inútil o discurso sobre a defesa da democracia, a Europa Social e a Justiça social se mantivermos milhões de jovens europeus sem emprego e sem perspectivas de vida.
A defesa da democracia e da justiça social exige ação adequada e menos conversa fiada.
Portugal e a União Europeia terão que reforçar os orçamentos dos programas para a inserção dos jovens no trabalho e para a formação qualificada.Por outro lado as empresas e o próprio Estado não podem continuar a política da contratação precária.Sem estabilidade e futuro profissional um jovem trabalhador procura sempre outras alternativas e não se fixa numa empresa que não lhe dê futuro.Infelizmente também há muitos jovens sem qualquer oportunidade ou vontade de ter formação ou trabalho.Não deixemos que nos tirem a areia debaixo dos pés.A democracia defende-se com políticas populares.Os jovens devem estar no centro das políticas sociais europeias!

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