Passados dois meses do governo decretar, sem apelo nem agravo, o aumento do horário de trabalho para toda a Administração pública de 35 para as 40 horas, um organismo do Estado a CITE, Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego inicia uma campanha nacional com o bonito slogan «TEMPO PARA TER TEMPO».
Fiquei chocado quando no autocarro vi um cartaz com este slogan! Apregoa-se a austeridade e gasta-se o dinheiro a gozar com os trabalhadores! Bonito slogan se não fosse objetivamente de um cinismo imperdoável! Qual pode ser a reação de um funcionário público e até de um trabalhador do privado que também trabalha no mínimo 40 horas? De furor, de desgosto por ver a falta de sensibilidade do governo e dirigentes de uma entidade que nem olharam para o contexto real em que ia decorrer a dita campanha! «Tempo para ter tempo», sem dúvida! Todavia, o governo não foi capaz ou não quis convencer a Troika dessa necessidade de ter tempo para conciliar a vida familiar e profissional! De ter tempo para ir buscar os filhos à escola, de ter tempo para descansar, para estudar, para estar numa reunião ou colóquio ao fim do dia! Que lindo exemplo para o setor privado e social!
Para poupar alguns euros o Estado obriga os funcionários a trabalharem para além de quatro dias, os feriados, mais vinte horas por mês de graça. Mas não é apenas a questão de não se pagar o trabalho que é grave! É grave roubar o nosso tempo que, depois da saúde, é o bem mais precioso que temos! É não ter tempo nosso para o dar ao patrão. O horário de trabalho foi sempre das questões centrais nas lutas operárias e sindicais. É aqui que radica um dos eixos da luta anticapitalista!
Fiquei chocado quando no autocarro vi um cartaz com este slogan! Apregoa-se a austeridade e gasta-se o dinheiro a gozar com os trabalhadores! Bonito slogan se não fosse objetivamente de um cinismo imperdoável! Qual pode ser a reação de um funcionário público e até de um trabalhador do privado que também trabalha no mínimo 40 horas? De furor, de desgosto por ver a falta de sensibilidade do governo e dirigentes de uma entidade que nem olharam para o contexto real em que ia decorrer a dita campanha! «Tempo para ter tempo», sem dúvida! Todavia, o governo não foi capaz ou não quis convencer a Troika dessa necessidade de ter tempo para conciliar a vida familiar e profissional! De ter tempo para ir buscar os filhos à escola, de ter tempo para descansar, para estudar, para estar numa reunião ou colóquio ao fim do dia! Que lindo exemplo para o setor privado e social!
Para poupar alguns euros o Estado obriga os funcionários a trabalharem para além de quatro dias, os feriados, mais vinte horas por mês de graça. Mas não é apenas a questão de não se pagar o trabalho que é grave! É grave roubar o nosso tempo que, depois da saúde, é o bem mais precioso que temos! É não ter tempo nosso para o dar ao patrão. O horário de trabalho foi sempre das questões centrais nas lutas operárias e sindicais. É aqui que radica um dos eixos da luta anticapitalista!
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