quarta-feira, 6 de junho de 2018

ECONOMIA DIGITAL E AS ORGANIZAÇÕES DE TRABALHADORES


A evolução tcnológica nas últimas décadas tem sido estonteante, em particular nos últimos anos com o aparecimento da internet, computador e telefones móveis com as suas múltiplas funcionalidades
A evolução complexa da programação informática e do tratamento e armazenamento de dados, as aplicações que nascem como cogumelos e as plataformas digitais, novas fábricas do nossos século, anunciam um mundo fantástico para os optimistas e um mundo de terror para os pessimistas.
Prefiro não alinhar nem por uns nem por outros e dizer que a evolução dependerá de vários factores económicos, políticos e sociais,muito em particular da força dos sindicatos.Nada de determinismos tecnológicos ou outros.
Ná década de 70 do século passado falava-se na maravilha que viria com o futuro e com as novas tecnologias.Falava-se na sociedade da informação e no novo paraíso com menos horas de trabalho, mais lazer, mais igualdade salarial.Os mais velhos sabem que isso não foi assim.Nunca se trabalhou tão intensamente como hoje e os horários de trabalho não diminuiram assim tanto.Para muitos trabalhadores a carga e o horário de trabalho até aumentou.Sabemos como o fosso salarial tem aumentado escandalosamente entre os gestores e quadros e a massa laboral.
Ora, uma das consequências do novo salto tecnológico pode ser precisamente,para além da dstruição de emprego, a polarização entre um grupo de trabalhadores com competências específicas na economia digital e o grosso dos trabalhadores menos qualificados, os «jornaleiros do digital» que trabalham  à hora, à peça, sem condições de segurança e saúde , proteção social, enfim sem estatuto laboral.
O capitalismo de plataforma digital (Uber,Amazon,facebbok,etc) está a caminhar nesse sentido, impondo regras globalizadas,ficando com o valor do trabalho, pagando aquilo que muito bem enetendem e sem custos de segurança social e fiscalidade!
Felizmente que os sindicatos já estão a estudar estas questões procurando intervir nas instâncias europeias e nacionais, colocando reivindicações nestas matérias e exigindo que o direito do trabalho funcione.Em Portugal é urgente que se finalize a legislação relativa  aos transportes geridos por plataformas como a Uber, que a Inspeção do Trabalho ganhe competências para actuar nas empresas digitais, que se cimente uma aliança forte dos movimentos sociais e sindicais com as universidades e centros de investigação .


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