A campanha em curso da Agência de Bilbao intitulada «Locais de Trabalho seguros e saudáveis» dedicada á gestão do stresse é uma boa oportunidade para se refletir sobre esta questão que afeta cerca de 30% dos trabalhadores europeus.
Embora esta reflexão possa ser debatida em encontros mistos, ou seja, com técnicos, peritos, patrões e trabalhadores, será bom que as organizações de trabalhadores, nomeadamente as sindicais, organizem espaços próprios para abordarem esta questão numa perspetiva sindical, ou seja na ótica dos trabalhadores. É que as águas do debate devem ser limpas, as questões devem colocadas com seriedade no quadro dos interesses em questão.
A perspetiva empresarial da gestão do stresse colide obviamente na sua essência com a prevenção na ótica sindical. Como? A gestão do stresse na ótica empresarial visa acima de tudo compatibilizar a rentabilidade com a saúde do trabalhador, ou seja, o empresário coloca acima de tudo a produtividade. A saúde do trabalhador é um meio para uma maior rentabilidade. Na ótica empresarial os locais de trabalho devem ser saudáveis para que a força de trabalho se mantenha em bom estado, tal como os equipamentos e os outros fatores de produção. Infelizmente o discurso tecnocrático e oficial anda por estas águas, ou seja, a prevenção dos riscos visa uma melhor produtividade, transformar o trabalhador numa melhor peça do sistema económico!
Ora, a prevenção do stresse na ótica sindical visa acima de tudo, ou antes de tudo, a saúde física e mental do trabalhador como um fim. As condições, os procedimentos e os ritmos de trabalho devem estar subordinados á saúde do trabalhador como valor essencial de uma vida com dignidade e como pessoa. Existe assim uma contradição de fundo inerente às relações de produção capitalista. A tendência é sempre a maximização da exploração do trabalho para se obterem altas taxas de lucro.
Existe, todavia, um denominador comum, ou seja, empresa e trabalhador têm vantagens mútuas em chegarem a um acordo para manterem patamares suficientes de saúde e segurança no trabalho. A empresa ganha em promover determinados níveis de bem -estar que não exijam grandes investimentos e o trabalhador ganha sempre que o seu ambiente de trabalho melhora!
A perspetiva sindical não se deixa, assim, enganar com falsas metodologias de prevenção do stresse, que não são mais do que iniciativas de marketing ou de relações públicas empresariais. É que hoje existem negócios voláteis e de curto prazo em que os acionistas exigem dividendos imediatos obrigando os trabalhadores, nomeadamente diretores, a altos níveis de stresse. Trabalha-se por objetivos, de noite e de dia, sem separação entre descanso e trabalho.
Para tapar os olhos das pessoas oferecem-se esquemas de combate ao stresse ou gestão do stresse que são meros paliativos pois não mudando a organização do trabalho não se combatem as verdadeiras causas do stresse que vai destruindo a saúde e as relações.
Embora esta reflexão possa ser debatida em encontros mistos, ou seja, com técnicos, peritos, patrões e trabalhadores, será bom que as organizações de trabalhadores, nomeadamente as sindicais, organizem espaços próprios para abordarem esta questão numa perspetiva sindical, ou seja na ótica dos trabalhadores. É que as águas do debate devem ser limpas, as questões devem colocadas com seriedade no quadro dos interesses em questão.
A perspetiva empresarial da gestão do stresse colide obviamente na sua essência com a prevenção na ótica sindical. Como? A gestão do stresse na ótica empresarial visa acima de tudo compatibilizar a rentabilidade com a saúde do trabalhador, ou seja, o empresário coloca acima de tudo a produtividade. A saúde do trabalhador é um meio para uma maior rentabilidade. Na ótica empresarial os locais de trabalho devem ser saudáveis para que a força de trabalho se mantenha em bom estado, tal como os equipamentos e os outros fatores de produção. Infelizmente o discurso tecnocrático e oficial anda por estas águas, ou seja, a prevenção dos riscos visa uma melhor produtividade, transformar o trabalhador numa melhor peça do sistema económico!
Ora, a prevenção do stresse na ótica sindical visa acima de tudo, ou antes de tudo, a saúde física e mental do trabalhador como um fim. As condições, os procedimentos e os ritmos de trabalho devem estar subordinados á saúde do trabalhador como valor essencial de uma vida com dignidade e como pessoa. Existe assim uma contradição de fundo inerente às relações de produção capitalista. A tendência é sempre a maximização da exploração do trabalho para se obterem altas taxas de lucro.
Existe, todavia, um denominador comum, ou seja, empresa e trabalhador têm vantagens mútuas em chegarem a um acordo para manterem patamares suficientes de saúde e segurança no trabalho. A empresa ganha em promover determinados níveis de bem -estar que não exijam grandes investimentos e o trabalhador ganha sempre que o seu ambiente de trabalho melhora!
A perspetiva sindical não se deixa, assim, enganar com falsas metodologias de prevenção do stresse, que não são mais do que iniciativas de marketing ou de relações públicas empresariais. É que hoje existem negócios voláteis e de curto prazo em que os acionistas exigem dividendos imediatos obrigando os trabalhadores, nomeadamente diretores, a altos níveis de stresse. Trabalha-se por objetivos, de noite e de dia, sem separação entre descanso e trabalho.
Para tapar os olhos das pessoas oferecem-se esquemas de combate ao stresse ou gestão do stresse que são meros paliativos pois não mudando a organização do trabalho não se combatem as verdadeiras causas do stresse que vai destruindo a saúde e as relações.
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