segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

BEM ESTAR NO TRABALHO É A CHAVE!

Nunca encontrei tanta gente a dizer mal do trabalho como na última década! Professores, funcionários públicos, quadros de multinacionais, operários e gente do comércio e serviços! São muitos os que suspiram por sair, mudar de emprego ou pedir a reforma! Então na Função Pública é uma calamidade. Temos que convir que esta situação não é normal!


Há razões para a existencia de um clima desta natureza nas empresas e serviços públicos? Sim, todos temos a experiencia de ouvirmos estes desabafos a colegas, vizinhos ou amigos. De que se queixam afinal esta pessoas? De mau ambiente de trabalho, de formas de gestão á base da pressão e assédio, de salários baixos e de ameaças de desemprego, pois cada vez há mais gente com vínculos precários!

Em muitos locais de trabalho, nomeadamente no Estado, existe descoordenação, mudanças permanentes de chefias, falta de reconhecimento pessoal e muita desconsideração! A maioria das pessoas queixa-se mais da falta de reconhecimento e de ambiente de trabalho do que dos congelamentos salariais.

Com o desemprego e a promoção de políticas de gestão do medo e da mudança permanente desvaloriza-se o trabalho com ganhos para o capital e perdas para o trabalhador. A polivalência , a facilitação do despedimento e as mudanças permanentes enviam a mensagem de que ninguém tem seguro o seu posto de trabalho nem a sua função! A mensagem radical que a empresa envia ao trabalhador é:tu não tens qualquer valor e o teu lugar e atua vida está nas nossas mãos! Isto fragiliza o trabalhador e o coletivo dos trabalhadores. Individual e coletivamente fragilizados os trabalhadores não existem como força organizada e capaz de gerar um contrapoder. Será muito mais fácil a sua exploração intensiva.

Ora, este tipo de relações laborais não tem futuro. Destrói o ser humano e prejudica a produtividade mesmo que conjunturalmente exista, por medo, qualquer aumento da mesma.

Apenas a promoção do bem - estar no trabalho produz estabilidade, abertura á mudança necessária, desejo de participação. As formas de gestão, quer no privado, quer no público que sejam de natureza predadora levarão á resistência e á insubmissão!Animar esta insubmissão é missão das organizações de trabalhadores!

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