Este é um blog para comunicar com todos os que se preocupam com a promoção da segurança e saúde no trabalho, sindicalismo e relações de trabalho em Portugal , na Europa e no Mundo.
sábado, 26 de fevereiro de 2011
A PRECARIEDADE É A VELHA CULTURA DO CAPITALISMO!
No próximo dia 12 de Março vai realizar-se um protesto autónomo de jovens trabalhadores precários em Lisboa e no Porto.Estão fartos de verem a idade avançar e não terem trabalho digno desse nome.Trabalho com alguma segurança para deitarem contas á vida!Uma vida com sentido, com alguma estabilidade financeira e com algum apoio no caso de fim do contrato ou despedimento!
Algum pensamento dominante tenta inculcar nesses jovens que a culpa é dos que têm trabalho permanente e com direitos!Que hoje já não se pode ter emprego seguro, que o normal é mudar cada mês de trabalho, que o futuro é quase pagar para trabalhar...etc.etc.
De facto, o que se passa, e ainda recentemente foi visível na proposta do PSD para trabalho jovem, é que a actual ideologia económica passa ainda por ter trabalhadores tipo «usa e deita fora»em nome da competitividade e da realização de «um bom negócio para as empresas» como se dizia no preâmbulo do projecto lei daquele Partido.
Em primeiro lugar há que desmontar os argumentos puramente economicistas que falam apenas em competitividade e custos baixos do trabalho que, levado ao extremo, teríamos que pôr os jovens a comer uma malga de arroz como os chineses!Mas a questão é outra.Temos que colocar as seguintes questões de ordem económica, social e demográfica:quanto custa à sociedade a precariedade de trabalho e de vida?Nomeadamente os custos para a segurança social?Para a natalidade e rejuvenescimento do nosso tecido humano?Os custos de saúde física e mental destas gerações de trabalhadores?
Mais ainda, quanto custará a impregnação da sociedade por uma cultura da precariedade e de flexibilidade, a verdadeira utopia deste capitalismo selvagem?A família seria precária (já é!), as relações seriam precárias, as solidariedades vão sendo destruídas e remetidas ás associações caritativas que tratarão dos mais fracos, dos vencidos, dos que não entram na produção flexível!Os mais lúcidos e menos resistentes entrarão facilmente na depressão e na exclusão.Alguns serão bem pagos,mas em contrapartida será para estarem a mais de cem por cento ao serviço da empresa!Sacrificam a família e a sua própria vida!
Ter emprego a qualquer preço sem pensar na qualidade desse emprego é caminhar para uma sociedade do desastre.Há nececessidade de emprego qualificado e com alguma segurança para permitir a vida humana em condições de dignidade!A actual lógica da competitividade não tem saída a curto prazo,mesmo sob ponto de vista da economia!A luta contra a precariedade e pelo trabalho digno está hoje no coração da resistência ao capital!Quem não quer ver.....
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