
Mas
o mais grave é que esta cultura empresarial que se expande á frente dos nossos
olhos não tem piedade para os fracos! É enaltecido o que resiste, o forte, o
competitivo. Depois temos casos como o piloto alemão da Germanwings que escondem a sua
doença para não aparecer como fraco aos seus gestores e assim comprometer a sua
carreira ou ainda os casos dos sucessivos suicídios na Renault francesa muito
falados na imprensa de todo o mundo! Neste contexto muita gente acaba por ir
trabalhar doente-hoje muito comum- e temos assim o «presentismo» em contraponto
ao absentismo.
Mas ainda mais
grave é que estas práticas de gestão e de organização do trabalho, em que o
trabalhador vive em sofrimento e em silêncio, começa a ser banal, é a
«banalização do mal», tema trabalhado hoje por vários investigadores da
Psicodinâmica do Trabalho, tendo como nome mais conhecido o francês Christophe
Déjours. Os trabalhadores procuram definir as suas estratégias para enfrentar o
sofrimento do trabalho. Os próprios sindicatos não estão preparados para lidar
com estes problemas.(Preocupações apresentadas no ESCUTAR A CIDADE em Lisboa a 16 de abril de 2015).
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