
Como trabalhador agrícola reformado fala sempre dos tempos de escravatura que viveu na juventude.Quando se levantava cedo, quase de noite e se colava no portão da Quinta para conseguir trabalho.O caseiro, o Lopes,escolhia os trabalhadores que queria e fechava o velho e senhorial portão.Os outros, resignados,voltavam para casa à espera de melhores dias.
Os que tinham sido escolhidos não tinham leite e mel à sua espera.Ai daqueles que levantavam as costas para descansar.O Lopes caía-lhes em cima com o seu palavreado indigno e cheio de ameaças de virem para o «olho da rua».Fossem homens ou mulheres porque ele tratava os trabalhadores como meros animais de carga.
Sereno o Hipólito conta estas cenas sempre a sorrir como já tivesse perdoado a todos e se preparasse para a Grande Viagem.Impressionante este homem!Um verdadeiro monumento!
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