
Se há algo difícil e lento na vida de uma
pessoa ou povo é promover uma cultura, ou seja, criar novos hábitos e maneiras
de pensar, enfim, uma nova mentalidade.
Há muitos anos que se luta no sentido de
em Portugal se criar ou promover uma cultura de segurança e saúde no trabalho. Foram
dados passos significativos em especial nas décadas de 80 e 90 do século XX
acompanhando-se nessa matéria as iniciativas da Comissão Europeia, em particular
nos tempos de Delors.
Após uns tempos de estagnação tivemos a
crise financeira provocada pelo capitalismo e o mandato da «Comissão Barroso»
com o triunfo no seio daquele órgão comunitário dos ideais neo -liberais, do
austeritarismo, da estagnação económica e da crise social.
Em toda a Europa, e em particular no Sul, assistimos
a um retrocesso no investimento das empresas no domínio da SST que não tendo
sido nunca uma prioridade, mais longe está hoje de o ser! O patronato europeu e
mundial não quer nada que aumente os custos empresariais, em particular no
domínio dos trabalhadores.
O próprio slogan escolhido para este ano
pela OIT demonstra que não se pretendem fazer ondas! É um lema genérico, vago e
com o qual se concorda mesmo estando sentado e sem nada fazer!
Mesmo as organizações de trabalhadores não
consideram esta questão como uma prioridade! Uma prioridade de ação e de
formação de dirigentes sindicais!
Sem comentários:
Enviar um comentário