terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

NOVOS DESAFIOS PARA A SEGURANÇA E SAÚDE DOS TRABALHADORES EUROPEUS!

A rede europeia EZA, uma constelação de centros de formação de trabalhadores de inspiração
cristã,avançou com cinco seminários internacionais sobre segurança e saúde no trabalho para 2015, tendo como tema geral os novos desafios nesta área sócio laboral. Os projetos são da iniciativa de organizações de trabalhadores da Dinamarca, Lituânia, Alemanha, Hungria e Macedónia e mostram como, nos anos recentes, esta temática, tal como na CES, tem vindo a ganhar peso nos projetos do EZA financiados pela Comissão Europeia.
Com a nova Estratégia comunitária  no domínio da segurança e saúde no trabalho estas questões ganham nova dinâmica nomeadamente com a elaboração das estratégias nacionais.Embora este campo seja dos mais consensuais no domínio do diálogo social, tal não implica que o movimento sindical abdique de uma abordagem própria nesta matéria defendendo nomeadamente que sem os trabalhadores não existe avaliação de riscos séria e eficaz.
Partilho em grande medida a posição da CES sobre o recente documento da Comissão Europeia que estabelece um quadro estratégico europeu no domínio da segurança e saúde dos trabalhadores.A Comissão Barroso tudo fez para que pouco ou nada se fizesse de vantajoso para os trabalhadores.Passou a vida a empatar sempre com o argumento de não dificultar a vidas ás empresas!!E então a vida de quem trabalha?
No que respeita aos principais desafios europeus nesta matéria não vou seguir o roteiro da Comissão embora partilhe de alguns. Aliás, as temáticas dos seminários EZA inserem-se, em geral, em grandes e novos desafios nesta área, nomeadamente stresse laboral, sofrimento e prazer de trabalhar, legislação de SST para as pequenas empresas, SST e género, assédio moral no trabalho, riscos emergentes e outros. Nem todos estes temas e realidades do mundo laboral são tão consensuais como parecem á primeira vista. Dividiria os novos desafios em três capítulos: novos desafios ligados às mudanças do Estado; desafios ligados às mudanças tecnológicas, em particular às tecnologias de informação e comunicação e novos desafios ligados às mudanças das relações laborais do atual capitalismo mais estatal ou mais liberal.


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