segunda-feira, 10 de março de 2014

AMIANTO EM PORTUGAL- agir sem alarmismo!

A notícia veiculada pela comunicação social de que haveria amianto no edifício da Direção Geral de Energia teve o condão de lançar um novo alerta sobre a existência desta substancia perigosa em milhares de edifícios públicos, nomeadamente escolas.
É natural que a comunicação social goste destas matérias e lhe dê uma desmesurada dimensão alarmista. Tal dimensão obriga as entidades responsáveis, neste caso o governo e entidades públicas, a meterem os «pés pelas mão» para tentarem responder de forma credível á comunicação social e , através dela, aos cidadãos! O problema é que a negligência foi tão grande, o desrespeito da lei tão evidente, a visão rasteiramente económica tão flagrante que não é possível sair ileso desta situação! A emenda foi pior que o soneto, ou seja a encomenda á ACT para elaborar um inquérito para enviar a cada ministério foi mesmo para deitar poeira nos olhos á comunicação social que, tendo apenas jornalistas generalistas, nunca poderia tratar a matéria de forma racional e não alarmista. Entretanto espera-se que esta se cale com a temática e passe para outro assunto.
 Parece, no entanto, que a comunicação social não se vai calar tão depressa e já aparecem escolas e municípios e outros departamentos públicos a falarem da temática. Ainda há pouco um vereador de uma Câmara Municipal da Margem Sul me dizia que a respetiva Assembleia Municipal abordou a questão e tomaram decisões numa perspetiva não alarmista.
Primeiro fazer um levantamento dos edifícios municipais que tenham indícios de amianto e segundo pedir ao MEC um levantamento das escolas na mesma situação e, terceiro, estabelecer um plano de avaliação de riscos. Ora aqui está um aspeto positivo de toda esta embrulhada. Não apenas os funcionários de vários edifícios ficaram mais alertados como alguns responsáveis querem levar o assunto muito a sério! Claro que colocam sempre o problema dos custos ! É um falso problema! Quanto custará a Portugal a existência do cancro no pulmão de milhares de portugueses alguns dos quais com origem em fibras do amianto? E quanto vai custar dos que ainda não revelaram a doença? Finalmente importa referir que os sindicatos da Administração Pública deveriam também estar envolvidos nesta questão que diz respeito á vida e saúde dos trabalhadores! Não basta fazer agitação sindical de rua. Há que agarrar estas questões nos locais de trabalho ,informar os trabalhadores sem alarmismo e reivindicar ação concreta.

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