terça-feira, 20 de dezembro de 2022

O CATAR E O PARLAMENTO EUROPEU-pobre de quem trabalha!

 

Afinal estamos a verificar que um rico e pequeno país como o Catar para além de escravizar trabalhadores também parece corromper poderosos organismos de futebol,bem como ilustres instituições da União


Europeia como é o caso do Parlamento Europeu.

A julgar pelas informações que nos chegam o Parlamento Europeu tornou-se, não apenas numa plataforma demasiado vulnerável aos lobis, mas também se tornou num antro de lavagem de dinheiro,lugar de uma rede criminosa de tráfico de influências poderosas com ligações a países ricos e não democráticos.É verdade que o processo ainda vai no adro e oxalá que forças ocultas não mandem arquivar o mesmo e o cancro não seja assim extirpado o que seria um formidável tiro nos pés!

Se bem que a situação de corrupção no Parlamento Europeu seja grave, muito mais é ainda a questão de que o objectivo do corruptor-o Catar- é lavar a cara perante o mundo e o Mundial de Futebol relativamente ao denunciado espezinhamento dos direitos humanos, nomeadamente as degradantes condições de vida e trabalho dos trabalhadores imigrantes naquele país.Em vez de investir dinheiro na melhoria das condições de trabalho dos seus trabalhadores-quase todos estrangeiros-o Catar investe milhões em corromper personalidades e organizações influentes para melhorar a sua imagem após o terrivel massacre de trabalhadores (mais de sete mi mortes no trabalhol) na construção dos estádios do mundial de futebol.

Perante a actuação deste país em termos internacionais as instituições da UE não sugerem sanções ao mesmo, considerando-o antes um parceiro económico e político.

Mas, mais grave será, ainda, este caso se, porventura, estiver envolvido neste escândalo algum alto dirigente sindical da Confederação Sindical Internacional (CSI).Esta Organização Mundial foi rápida a actuar dado que o seu Secretário Geral, Luca Visentini, também investigado neste caso e recentemente eleito, pediu  agora a demissão sendo em breve substituído  à frente  da CSI.

As instituições europeias prometem actuação eficaz neste caso e medidas preventivas para o futuro.O problema é que a burocracia comunitária tornou-se numa quase classe com autonomia, interesses próprios e poderes excessivos.Longe dos cidadãos e pouco controláveis pelos mesmos os funcionários e eleitos da União tornaram-se quase numa casta cheia de privilégios e mordomias.O caso é grave a vários títulos!

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