quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

O BLOCO CONSERVADOR FAZ CONTAS.....e já se vê no poder!

 

É verdade! As hostes do bloco conservador português já faz contas aos meses que vai durar o governo


de Costa.Sem qualquer pudor aproveita a situação sanitária e a consequente crise económica e social para varrer as esquerdas tornando-as minoritárias no Parlamento.Para essa estratégia irá contar com um segundo mandato do actual Presidente da República, um político exímio na manobra e calculismo político.

As esquerdas preparam a passadeira vermelha a Rui Rio e a Ventura?

 Digo as hostes do bloco conservador porque este representa muito mais do que os tradiconais partidos da direita.Os meios de comunicação desempenham um papel estratégico na erosão social e política.Manipulam e vão tornando a narrativa da direita credível aos olhos de uma massa de protugueses .Os mais importantes grupos económicos e financeiros, embora não hostilizados pelo PS, querem uma mudança para terem mais margem de manobra na exploração do trabalho e acumulação de riqueza.Entretanto, alguns destes grupos apostam também no extremismo do Chega para que a viragem á direita seja acentuada e não apenas uma substituição do PS.Pouco se importam de sacrificar o CDS, pois para eles este partido ainda tem demasiados escrupulos sociais, estando ligado aos sociais cristãos europeus.Querem uma direita pura e dura com um novo Código do Trabalho ainda mais flexível nos horários, nos vinculos e nos salários.Querem a lei do mais forte.

Perante esta situação o que faz a esquerda ou as esquerdas?Uma parte apoia o Marcelo e outra prepara-se para apoiar os seus candidatos aparentemente insensível ao quadro político e social que permite a ascensão de Ventura.Como é possível, questionam algumas pessoas de esquerda, que se prepare a passadeira  vermelha a Rui Rio e Ventura?Como é possível que se façam análises políticas tão desligadas da realidade em que vive a maioria dos portugueses?Análises coerentes, bem estruturadas sob ponto de vista partidário mas que levam a conclusões e a posições que nos conduzem direitinhos para o consulado da direita populista e autoritária.Está nesta linha a política do Bloco de esquerda e do PCP no que respita ás presidenciais e a do Bloco no que respeita ao Orçamento de 2021.

O PS vai ser o principal responsável pela entrega da governação á direita?

Mas, neste quadro o Partido socialista está isento de responsabilidades?Não, pelo contrário,vai ser o principal responsável pela entrega da governação à direita.Tem um governo fraco e está confuso na direção do combate sanitário.Por outro lado, veta todas as medidas  de esquerda de alteração do quadro legal que poderia melhorar a situação dos trabalhadores.Mantém intacto o «pacto» com os interesses e grupos económicos.Foi o primiero partido a abdicar de um candidato presidencial quando o seu secretário geral insinuou na Autoeuropa que o seu candidato seria o Marcelo.Tal iniciativa inviabilizou logo ali qualquer estratégia  centrada na apresentação de um candidato forte de oposição a Marcelo e aglutinador das esquerdas.Mais ainda:ao ganhar as eleições o Partido Socialista desvalorizou as alianças á esquerda numa espécie de suicídio político.Nada disto é por acaso?

Assim, as direitas vão dar o primeiro passo nas presidenciais com a vitória de Marcelo e uma possível boa participação de Ventura.Vai ser triste ver candidatos de qualidade como Marisa Matias e João Ferreira ficarem com fracas votações.Isto porque muitos eleitores de esquerda não querem ver na noite de eleições o desastre que seria em primeiro lugar Marcelo Rebelo de Sousa e em segundo lugar André Ventura.Assim, mesmo que a candidata Ana Gomes não os seduza irão votar nela para impedir um tal desastre.

Tudo seria diferente se estas eleições pudessem cimentar uma geringonça II que tivesse um candidato presidencial forte e preparasse um programa de governação mais sólido para  a legislatura.

Quem vai sofrer são os trabalhadores  e os mais pobres, tanto os desempregados, como os refomados como os que estão ainda empregados.O que estamos a ver na TAP é uma amostra do que pode acontecer noutras empresas.A situação actual é inédita neste século e a crise vai ser mais profunda que a de 2011.Perante situaçãoes inéditas há que avançar com soluções inéditas; perante situações de crise que colocam os trabalhadores na desgraça há que impedir ou amenizar tais situações,reforçar a unidade á volta de questões fundamentais como a democracia, a derrota da extrema direita e o emprego de qualidade.

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