É verdade! As hostes do bloco conservador português já faz contas aos meses que vai durar o governo
de Costa.Sem qualquer pudor aproveita a situação sanitária e a consequente crise económica e social para varrer as esquerdas tornando-as minoritárias no Parlamento.Para essa estratégia irá contar com um segundo mandato do actual Presidente da República, um político exímio na manobra e calculismo político.
As esquerdas preparam a passadeira vermelha
a Rui Rio e a Ventura?
Perante esta situação o que faz a esquerda ou
as esquerdas?Uma parte apoia o Marcelo e outra prepara-se para apoiar os seus
candidatos aparentemente insensível ao quadro político e social que permite a
ascensão de Ventura.Como é possível, questionam algumas pessoas de esquerda,
que se prepare a passadeira vermelha a
Rui Rio e Ventura?Como é possível que se façam análises políticas tão
desligadas da realidade em que vive a maioria dos portugueses?Análises
coerentes, bem estruturadas sob ponto de vista partidário mas que levam a
conclusões e a posições que nos conduzem direitinhos para o consulado da
direita populista e autoritária.Está nesta linha a política do Bloco de
esquerda e do PCP no que respita ás presidenciais e a do Bloco no que respeita
ao Orçamento de 2021.
O PS vai ser o principal responsável pela
entrega da governação á direita?
Mas, neste quadro o Partido socialista está
isento de responsabilidades?Não, pelo contrário,vai ser o principal responsável
pela entrega da governação à direita.Tem um governo fraco e está confuso na
direção do combate sanitário.Por outro lado, veta todas as medidas de esquerda de alteração do quadro legal que
poderia melhorar a situação dos trabalhadores.Mantém intacto o «pacto» com os
interesses e grupos económicos.Foi o primiero partido a abdicar de um candidato
presidencial quando o seu secretário geral insinuou na Autoeuropa que o seu
candidato seria o Marcelo.Tal iniciativa inviabilizou logo ali qualquer
estratégia centrada na apresentação de
um candidato forte de oposição a Marcelo e aglutinador das esquerdas.Mais
ainda:ao ganhar as eleições o Partido Socialista desvalorizou as alianças á
esquerda numa espécie de suicídio político.Nada disto é por acaso?
Assim, as direitas vão dar o primeiro passo
nas presidenciais com a vitória de Marcelo e uma possível boa participação de
Ventura.Vai ser triste ver candidatos de qualidade como Marisa Matias e João
Ferreira ficarem com fracas votações.Isto porque muitos eleitores de esquerda
não querem ver na noite de eleições o desastre que seria em primeiro lugar
Marcelo Rebelo de Sousa e em segundo lugar André Ventura.Assim, mesmo que a
candidata Ana Gomes não os seduza irão votar nela para impedir um tal desastre.
Tudo seria diferente se estas eleições
pudessem cimentar uma geringonça II que tivesse um candidato presidencial forte
e preparasse um programa de governação mais sólido para a legislatura.
Quem vai sofrer são os trabalhadores e os mais pobres, tanto os desempregados, como
os refomados como os que estão ainda empregados.O que estamos a ver na TAP é
uma amostra do que pode acontecer noutras empresas.A situação actual é inédita
neste século e a crise vai ser mais profunda que a de 2011.Perante situaçãoes
inéditas há que avançar com soluções inéditas; perante situações de crise que
colocam os trabalhadores na desgraça há que impedir ou amenizar tais
situações,reforçar a unidade á volta de questões fundamentais como a
democracia, a derrota da extrema direita e o emprego de qualidade.
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